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Steve Wozniak diz que Google Glass será um grande fracasso em 2015

Por| 23 de Dezembro de 2014 às 15h15

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Se você ainda olha com descrença para o Google Glass, anunciado há quase três anos, então saiba que você não está sozinho. Steve Wozniak também não acredita no potencial do dispositivo da gigante das buscas e traça um futuro nada promissor para o aparelho, que deve chegar ao mercado em 2015. Para o cofundador da Apple, embora os óculos sejam uma ideia ambiciosa, o projeto não será bem sucedido e acabará esquecido pelo público.

Em entrevista ao site Australian Financial Review, o executivo reforçou sua opinião de que é fã do Glass, mas que sua tecnologia não justifica pagar centenas de dólares em um produto que ainda não mostrou a que veio. "Eu me sinto a pessoa mais legal do planeta quando estou usando [o Google Glass]. Quando vejo pessoas usando o gadget, penso que elas são descoladas porque foram corajosas o suficiente para brincar com um dispositivo futurista que não faz sentido em termos, haja vista o valor cobrado por ele", declarou.

Woz também disse que o Google precisa encontrar uma aplicação comercial que impulsione a venda dos óculos para todos os usuários e reduza o preço do aparelho. No entanto, ele espera que a empresa desista do projeto, uma vez que, até onde Wozniak sabe, o próprio Google não tem nenhum plano para reestruturar a marca Glass. "Na minha opinião, [o Glass] é um grande produto que não fará sucesso, assim como inúmeros outros produtos que falharam", disse.

Recentemente, o Google anunciou o fechamento de lojas físicas que vendiam o Glass. Este seria um indicativo de que o gadget perdeu seu entusiasmo, já que várias empresas abandonaram o desenvolvimento de aplicações para o aparelho. O Twitter, por exemplo, encerrou o suporte ao acessório e não tem mais aplicativos compatíveis com os óculos. Outras nove companhias afirmaram que interromperam suas ideias para o produto sob a justificativa de que falta público para o aparelho.

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Smartwaches

Além do Google Glass, Steve Wozniak voltou a criticar a indústria de relógios inteligentes. O motivo é o mesmo: para o executivo, nenhuma companhia apresentou uma razão convincente que justifique a compra de um smartwatch. "Comprei alguns modelos de relógios, incluindo os da Samsung, e todos são desastrosos. Me livrei deles porque ficam muito piores [no meu pulso] do que um smartphone dentro do meu bolso", declarou.

Wozniak defendeu a ideia de que os relógios não devem ser substitutos aos celulares, mas sim apresentar uma experiência mais divertida e prática do que os aparelhos atuais. Ele também afirmou que, "assim como a Apple fez com os smartphones, uma companhia pode apontar o caminho certo" para tornar os smartwatches mais úteis no dia a dia.

Não é de hoje que Woz critica a indústria wearable de relógios de pulso. Em julho deste ano, o executivo disse ter comprado o Samsung Gear e vendido um dia depois no eBay por ser "completamente inútil e inconveniente". Ele explicou que o único modelo que o agradou até agora foi o da companhia Martian, que de inteligente não tem quase nada – ele até exibe notificações de mensagens e chamadas não atendidas, mas de resto funciona como um relógio comum.

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O executivo espera que os smartwatches do futuro possam contar com telas maiores e uma maior autonomia em relação aos celulares, mesmo admitindo que displays acima da média representam uma manobra arriscada para um dispositivo que vai no pulso do usuário.