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Steve Wozniak: "O Galaxy Gear é tão inútil que vendi um dia depois de comprá-lo"

Por| 02 de Julho de 2014 às 17h59

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Mesmo sendo um dos executivos mais famosos do mundo, Steve Wozniak sempre fez questão de estar "no meio da galera", por assim dizer. Ele é presença carimbada nos eventos de lançamento de novos iGadgets, além de acompanhar (e utilizar) frequentemente novidades de outras empresas, como Google e Microsoft. Por testar tantos produtos, o cofundador da Apple não se intimida em dizer o que pensa, e a bola da vez foi com o relógio de pulso da Samsung, o Galaxy Gear.

Woz participou na semana passada de uma convenção na cidade de Milwaukee, nos Estados Unidos, para falar sobre o futuro dos carros voadores. Durante uma entrevista ao site Xconomy, ele foi questionado sobre o que acha de dispositivos vestíveis, como pulseiras e smartwatches – um dos mercados que ele considera mais promissores em toda a indústria. O problema é que o executivo acredita que isso deve demorar um bom tempo para acontecer, já que todos os acessórios da categoria que teve a chance de testar não possuem nenhum recurso verdadeiramente empolgante.

Foi aí que veio o comentário sobre o Gear da gigante sul-coreana: "Foi o único dispositivo até hoje que comprei para testar e não aguentei usar por mais de um dia. Eu o vendi no eBay porque ele era completamnte inútil e inconveniente. Você tinha de segurá-lo na orelha para utilizá-lo", disparou Wozniak. Vale lembrar que o executivo tem o costume de criticar um produto sempre que não gosta, e isso inclui gadgets de todas as empresas, o que inclui a Apple.

"Eu quero meu smartphone aqui [no pulso], mas o quero por completo. Não quero apenas uma conexão Bluetooth com meu smartphone no meu bolso porque isso faz dele um acessório, um aparelho a mais para usar algo que eu já carrego o tempo todo", completou.

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Apesar de não aprovar a experiência promovida pelo Galaxy Gear, Woz já usou outros modelos de smartwatches, e o único que o agradou foram os modelos da companhia Martian, que de inteligentes não têm quase nada – eles até exibem notificações de mensagens e chamadas não atendidas, mas de resto funcionam como um relógio comum. No evento em Milwaukee, ele possuía um aparelho no pulso equipado com tubos de Nixie, uma tecnologia bem antiga para mostrar as horas, mas que na opinião do empresário é extremamente prática e agradável.

"Eu procuro por coisas que não são comuns e que meus amigos não usariam", disse. O executivo espera que os smartwatches do futuro possam contar com telas maiores e uma maior autonomia em relação aos celulares, mesmo admitindo que displays acima da média representam uma manobra arriscada para um dispositivo que vai no pulso do usuário.

E já que o assunto era a tecnologia vestível, Woz aproveitou para comentar sobre o Google Glass, os óculos de realidade aumentada da gigante das buscas. "Ele pode não ser assim tão útil, da mesma forma como os smartwatches não sejam úteis o suficiente para alcançar as massas e seguir em frente. Mas levando em consideração minha experiência com o Glass, acho que gostei de brincar com aquilo", explicou.

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Para Woz, o mercado de dispositivos vestíveis ainda não se firmou no dia a dia dos consumidores pela falta de um produto revolucionário. É justamente nesse ponto que o executivo acredita que a Apple mais uma vez será a responsável por estabelecer um novo padrão de tecnologia. "Se 30 companhias estão fazendo a mesma coisa, você sabe que há algo errado. Se uma faz algo diferente e todas as outras a seguem, sob a concepção de que aquilo é o certo, este é o caminho para o futuro. No passado a Apple fez isso várias vezes – mas não todas. Então eu realmente acredito que ela será a grande precursora dos wearables", conclui.

Agora é esperar para ver se o comentado iWatch vai mesmo revolucionar a indústria de aparelhos vestíveis ou se entrará para o limbo de acessórios para smartphones.

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