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Samsung fechará todos seus serviços de conteúdo e mídia para focar em parcerias

Por| 03 de Julho de 2014 às 16h30

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Samsung fechará todos seus serviços de conteúdo e mídia para focar em parcerias
Samsung fechará todos seus serviços de conteúdo e mídia para focar em parcerias
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As apostas da Samsung no mercado de entretenimento com música, livros e vídeos parece mesmo não ter dado certo. Depois dos desastrosos serviços de distribuição e venda digital de livros e séries, a companhia sul-coreana anunciou nesta quinta-feira (03) que está fechando o Video e Media Hub. As informações são do portal CIO.

Criado inicialmente para competir com os serviços da Netflix, Amazon e Google, os dois serviços de mídia da Samsung nunca emplacaram. Mais atrativa, a concorrência acabou por convencer a sul-coreana a fazer parcerias para fornecer o mesmo tipo de conteúdo para seus usuários – como foi o caso da parceria com a varejista Amazon para oferecer livros gratuitos para os compradores do Galaxy S5. Tais parcerias acabaram decretando o fim do hub de músicas e livros em abril. Agora, no dia 1º de agosto, a sul-coreana também fechará o hub de vídeos e mídia.

Embora os serviços nunca tenham caído no gosto popular e tenham enfrentado concorrentes de peso, o diretor de aplicativos e mídia da especialista em análise de mercado CCS Insight, Paolo Pescatore, destacou o trabalho feito pela empresa. "Obviamente a Samsung tentou e infelizmente falhou. Apesar disso, temos que aplaudir a empresa por ter tentado entrar neste mercado com estratégias agressivas e seus próprios serviços, mas não era mesmo o que o consumidor estava querendo", disse o executivo.

Também não é para menos. Apesar da enorme quantidade de competidores, principalmente no segmento de streaming de vídeos e músicas, o mercado já está bastante consolidado. O case de maior sucesso é o da Netflix, que não apenas conseguiu construir um modelo de negócios atraente como também definiu o tom do que precisa ser feito para alcançar o sucesso. As produções originais feitas pela companhia (Orange is the New Black e House of Cards) padronizaram o que cada um deve oferecer para cativar os usuários – se não o fizerem, é seguro dizer que o serviço é carta fora do baralho.

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Desdobramentos como esse só dificultaram a entrada da companhia sul-coreana nesse ramo, exigindo-lhe o investimento de bilhões de dólares em aquisições para que pudesse se manter competitiva. Contudo, infelizmente não foi isso o que aconteceu.

Ao invés de insistir com um serviço próprio, a Samsung resolveu investir em parcerias para oferecer esse tipo de conteúdo em seus aparelhos televisores, smartphones e tablets como um atrativo a mais para a aquisição deles. A ação parece ser mesmo a mais racional, principalmente se levarmos em consideração que os produtos da companhia já são bastante conhecidos.

Para cobrir a ausência do Video Hub, a empresa espera fechar uma parceria com o M-GO para oferecer filmes e vídeos sob demanda para seus usuários. A estratégia é a mesma da adotada com a Amazon para livros e com o Google e Slacker para o fornecimento de músicas sob demanda.

"A Samsung finalmente percebeu que é muito difícil criar seu próprio serviço de conteúdo do zero e que a abordagem de parcerias é muito mais interessante", disse o diretor de pesquisas da CCS Insight, Ben Wood. E é justamente isso que a companhia fará daqui para frente.

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Graças à popularidade dos seus aparelhos, a Samsung tem poder de barganha junto aos serviços de streaming de vídeo e música. "É como se você chegasse para uma empresa como a Disney e disesse 'Ei, nós podemos colocar o conteúdo de vocês em mais de um bilhão de telas'", concluiu Wood.

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