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Polícia identifica suspeitos e desconfia de ajuda interna em assalto à Samsung

Por| 09 de Julho de 2014 às 13h07

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A Polícia Civil diz já ter identificado 11 suspeitos de um assalto à fábrica da Samsung em Campinas, realizado nesta segunda-feira (7). Na madrugada, 20 homens armados invadiram a planta da empresa, renderam funcionários e encheram diversos caminhões com produtos como celulares, tablets e notebooks, em um roubo que teria um valor estimado em R$ 14 milhões, de acordo com a Samsung. As autoridades, porém, falam de R$ 80 milhões de prejuízo em produtos.

As imagens gravadas pelas câmeras de segurança ajudaram não apenas a identificar os suspeitos, mas também reforçar a ideia de que a ação teve ajuda interna. De acordo com as informações do jornal Estadão, os bandidos pareciam saber exatamente onde estavam os produtos e que caminho seguir no interior da fábrica, o que dá a entender que funcionários podem ter feito parte do planejamento.

Além disso, chamou a atenção o fato dos criminosos não terem levado nenhum produto com sistemas de rastreamento. Segundo a polícia, eles conheciam o número de agentes de vigilância presentes no local, as rotinas de acesso de trabalhadores à fábrica e a localização das câmeras de segurança.

Toda a ação foi extremamente coordenada. Em torno da meia noite, a quadrilha fortemente armada chegou à fábrica na van que transporta funcionários da empresa, abordada quando ainda estava a caminho pela Rodovia Dom Pedro 1º. Seguranças foram rendidos e os funcionários foram instruídos a continuarem trabalhando normalmente, depois de terem as baterias de seus celulares retiradas para que não pudessem chamar a polícia. O roubo durou cerca de três horas.

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Desconfiando desse trabalho de coordenação, a polícia já intimou funcionários e agentes de vigilância para prestarem depoimentos e pretende estender a investigação também à empresa que presta serviços de segurança privada à Samsung. Nenhuma prisão foi efetuada até o momento.

Para o delegado Carlos Henrique Fernandes, da Delegacia de Investigações Gerais, trata-se de uma quadrilha especializada nesse tipo de roubo. Em entrevista ao UOL Tecnologia, ele afirmou que o conhecimento prévio facilitou a consumação do roubo e a localização dos produtos mais lucrativos, resultando em um assalto milionário.

Ainda, a polícia suspeita que o bando já tenha sido responsável por outros assaltos em fábricas de tecnologia no Brasil, como por exemplo, o que atingiu a planta da LG em outubro do ano passado. Na época, R$ 1,3 milhão em notebooks da empresa foram roubados após a interceptação de uma carga de computadores.

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Suspeita-se que os equipamentos roubados já tenham destino certo e devem aparecer em breve no mercado informal, por valores abaixo dos fixados para o mercado nacional. A polícia pede que os consumidores tenham cuidado redobrado na compra de produtos da Samsung, já que a aquisição de produtos furtados é crime e os consumidores podem ser enquadrados como receptadores.

A pena é de um a quatro anos de prisão, além de multa, mas a punição, tecnicamente, só é aplicada quando o consumidor sabe que o produto foi roubado. Por isso, a dica é evitar promoções que parecem irreais e preferir estabelecimentos de confiança ou que tenham a procedência de seus produtos verificada.