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Lenovo se alia à EMC² e entra para o ramo de servidores e workstations

Por| 19 de Fevereiro de 2014 às 10h30

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Pedro Cipoli/Canaltech
Pedro Cipoli/Canaltech
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Em um evento realizado nessa terça-feira (18) na cidade de Itu, no interior paulista, a Lenovo anunciou a sua parceria com a EMC² para entrar no mercado de servidores e workstations, ramo que até então não era o forte da empresa. A Lenovo ainda permanece com a primeira posição no mercado de PCs e agora pretende ser um dos grandes nomes na área de computação profissional e corporativa ao se aliar à EMC², que inclui os produtos de armazenamento da Iomega, em uma joint venture chamada de LenovoEMC Ltd.

Entre os produtos anunciados há três modelos de workstations, cujas configurações e preços sugeridos iniciais estão listados abaixo. As três workstations serão produzidas no Brasil, no pólo de Itu, e estarão disponíveis à partir de março:

ThinkStation E32 (segmento de entrada):

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  • Processador: Intel Xeon E3-1225 com 4 núcleos rodando a 3,2 GHz
  • Memória: 4 GB de memória DDR3 de 1600 MHz com ECC
  • Placa de vídeo: NVIDIA Quadro K600
  • Preço inicial: R$ 4.500,00

ThinkStation S30 (segmento médio e pequenas e médias empresas):

  • Processador: Intel Xeon classe E5-16XX ou E5-26XX com até 8 núcleos
  • Memória: até 256 GB de memória DDR3 de 1600 MHz com ECC
  • Placa de vídeo: até NVIDIA Quadro K5000
  • Preço inicial: R$ 7.600,00

ThinkStation D30 (segmento avançado):

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  • Processador: até dois E5-26XX com até 8 núcleos
  • Memória: até 512 GB de memória DDR3 de 1600 MHz com ECC
  • Placa de vídeo: até NVIDIA Quadro K6000
  • Preço inicial: R$ 8.000,00

Na área de servidores foram anunciados 3 modelos. O primeiro deles, o ThinkServer TS140, é voltado para pequenos escritórios e também traz o processador Intel Xeon até mesmo nas configurações mais básicas e várias configurações diferentes de RAID. Já os modelos ThinkServer RD540 e RD640 são modelos de alta performance recomendados para aplicações críticas. Os dois são equipados com o o processador Intel Xeon E5-2600 v2 com até 24 núcleos e 320 GB de memória RAM. Todos os modelos ThinkServers também serão fabricados em Itu.

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Centro de reparos

Após os anúncios oficiais, tivemos a oportunidade de conhecer o recém-anunciado Centro de Reparos do pólo de Itu, que atualmente conta com mais de 200 funcionários trabalhando numa área de 4.000 m² dentro da fábrica de 55.000 m² de terreno. É para lá que irão todos os produtos do portfólio da empresa que apresentarem defeitos, inclusive os modelos CCE. Apenas como curiosidade, ficamos sabendo que os produtos da CCE, antes vendidos apenas no Brasil, agora estão sendo exportados para outros países, como a Colômbia.

Também tivemos a oportunidade de visitar a fábrica da Lenovo, onde conhecemos todo o processo de montagem dos modelos vendidos em território nacional. Vários componentes são importados, como processador, memória RAM e disco rígido, mas as placas-mãe são fabricadas no Brasil na fábrica reestruturada da Lenovo que antes pertencia à CCE. Os jornalistas não tiveram permissão de tirar fotos devido à confidencialidade dos processos.

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E a Motorola?

No final dos anúncios oficiais a Lenovo foi questionada sobre o que muda na estratégia da empresa com a compra recente da Motorola, que antes pertencia ao Google. A Lenovo afirmou que ainda não possui uma posição oficial para comunicar à imprensa, mas temos alguns palpites. Nos parece que a estratégia é manter a linha CCE de smartphones e tablets como modelos básicos e a marca Lenovo nos modelos high-end, onde a Motorola entra como opção intermediária.

Um segundo palpite é que a Lenovo pretende incorporar as tecnologias e patentes da Motorola (as que o Google não manteve para si) na próxima geração de smartphones e tablets. Ou os dois, talvez. De qualquer forma, acreditamos que não demorará muito para que a empresa realize um anúncio oficial, em uma situação semelhante à que ocorreu após a compra da CCE.