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Laboratório secreto do Google já trabalhou em projeto de mochila voadora

Por| 06 de Maio de 2014 às 14h14

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Divulgação
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Criado em 2010, o Google X é uma divisão da gigante de Mountain View onde fica localizado um laboratório secreto. É lá que a companhia realiza experimentos com vários tipos de tecnologia, desde balões com internet – o chamado Project Loon – até mesmo pesquisas relacionadas ao teletransporte. Foi dessa mesma divisão que surgiram os óculos inteligentes Google Glass, o sistema para carros que se dirigem sozinhos e os smartphones modulares do Project Ara.

Poucos projetos testados nos laboratórios do Google X são divulgados ao público, mas pelos exemplos acima já deu para perceber que a empresa sempre tenta experimentar algo incomum e improvável. E uma das ideias descartadas pela entidade foi uma espécie de mochila voadora (conhecida como "jetpack", no inglês). Quem fez a afirmação foi ninguém menos que o líder da divisão secreta, o icônico Dr. Astro "Captain of Moonshots" Teller, durante uma conferência organizada pelo site TechCrunch.

Na entrevista, Teller disse que todos os projetos em andamento no Google X têm como objetivo principal resolver problemas que afetam milhões de pessoas e oferecer praticidade a elas quando algum novo produto chega ao mercado. E era justamente isso a dificuldade em lançar um jetpack: além de não oferecer nenhuma segurança, o equipamento não seria capaz de fornecer uma experiência útil e agradável ao condutor.

"Não seria fantástico se tivéssimos um jetpack que não fosse uma armadilha mortal?", brincou o executivo. Teller também explicou que outra grande questão do aparelho seria sua autonomia. De acordo com o Googler, seria necessária muita energia para alimentar o dispositivo - sem contar que ele seria tão barulhento quanto uma motocicleta.

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Menos tecnologia

Astro "Captain of Moonshots" Teller. (Foto: TechCrunch)

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Durante sua palestra na TechCrunch Disrupt, em Nova York, nos Estados Unidos, Astro Teller também deu uma mensagem bem diferente do que muitos podem imaginar, principalmente vinda de um executivo de uma das maiores empresas do mundo. Na opinião de Teller, projetos realmente inovadores e funcionais precisam se tornar o mais transparente possível. "Quando a tecnologia chega a esse nível de invisibilidade em nossas vidas, então ela chega em nosso objetivo final. Ela desaparece de nossas vidas", disse.

Por esse motivo, Teller acredita que a tecnologia como a conhecemos hoje – tablets, smartphones, laptops e relógios inteligentes – nos distrai e interrompe nossa interação com o resto do mundo, quando a coisa mais importante é a atenção humana. "Os celulares não seriam melhores se fossem menos pesados ou tivessem mais bateria. Celulares seriam melhores se nós não tivéssemos que carregá-los", afirmou.

Partindo desse princípio, Teller disse que os laboratórios do Google X adotam uma abordagem diferente. Ele e sua equipe pensam em formas anti-tecnologia que transformem todos esses dispositivos em algo mais eficiente, mas que também possam funcionar em segundo plano, sem que o usuário perceba que está fazendo uso daquele produto. É aí que entram o Google Glass e carro autônomo. "Estamos trabalhando para que o Glass eleve a experiência do usuário com o mundo [externo]", disse.

Sobre veículos que dirigem sozinhos, Teller acredita que esse é um caminho sem volta e que, em breve, todos os automóveis serão automatizados. "Vamos olhar para os carros do passado e nos perguntar por que tínhamos de controlá-los por nós mesmos", afirmou. O sistema desenvolvido pelo Google já consegue identificar simultaneamente elementos presentes diariamente no trânsito, como pedestres, ônibus, semáforos, guardas de sinalização, gestos de ciclistas e lombadas. Leia mais.

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