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'Intel não usará mais minerais de zonas de conflito em seus chips', diz CEO

Por| 10 de Janeiro de 2014 às 08h20

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Maior fabricante de chips e processadores do mundo, a Intel está aproveitando a CES 2014 para por ordem na casa. Após confirmar que aposentará a marca McAfee de softwares antivírus, agora a companhia anunciou que, a partir de 2014, todos os seus chips e processadores serão feitos de mineirais extraídos de áreas livres de conflitos.

"A solução não é fácil, mas nada que valha a pena é. Ao longo dos últimos quatro anos temos trabalhado com governos e grupos como o Enough. E esses anos de trabalho valeram a pena. Estou animado por anunciar que todos os processadores Intel que serão fabricados em 2014 virão de áreas livres de conflitos. Estamos convidando toda a indústria para se juntar a nós", disse o CEO da gigante, Brian Krzanich, em Las Vegas.

Historicamente, a Intel tem extraído a maior parte da matéria-prima dos seus produtos na República Democrática do Congo e países vizinhos, região de muitos conflitos e que cujo comércio é, na maioria das vezes, dominado por grupos armados que abusam dos direitos humanos. Segundo a BBC, a Intel é a primeira grande companhia de tecnologia a adotar essa postura e pode encorajar outras a fazerem o mesmo.

A nova política, no entanto, só foi adotada após o governo estadunidense aprovar, em 2010, uma lei que obriga as empresas públicas de tecnologia a tomarem ciência e divulgarem de onde estão vindo os recursos mineirais para produzir seus produtos. Desde então, a comunidade internacional tem pressionado essas empresas a não só divulgarem seus fornecedores, mas também a assinarem tratados em que se comprometem a não mais comprar de áreas dominadas por grupos armados e a fazerem parte de iniciativas que respaldam tal política.

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"Esse não é um problema que discutiríamos durante a CES, mas é um problema que é importante para mim", revelou Krzanich. "Você começa a pensar na sua cadeia de produção e nos problemas que pode estar causando", finalizou.