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Google prepara versão acoplada do Android Auto para veículos

Por| 19 de Dezembro de 2014 às 14h50

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O atual software do Google para carros, o Android Auto, exige a conexão com um smartphone para que possam ser realizadas tarefas dentro do veículo, como acesso ao streaming de música, mapas e demais aplicativos. A novidade é que, segundo fontes ouvidas pela Reuters, o Google está se preparando para uma versão do sistema Android que já vem instalada nos carros e não exigiria que o motorista precisasse de um smartphone para dar suporte às tarefas. A previsão é que os primeiros veículos, usando o suporte do celular, sejam lançados em 2015.

O Google não deu informações sobre sua estratégia de longo prazo para que os veículos com sistema operacional Android Auto embutido cheguem ao mercado. Segundo as informações, a empresa pode optar por esse modelo quando lançar o próximo Android, de codinome Android M, que está previsto para daqui um ano. As fontes não se identificaram, pois não estão autorizadas a falar sobre o tema publicamente.

Caso consiga agregar seu sistema operacional diretamente nos veículos, o Google dará um passo importante para se consolidar em um nicho onde poucas empresas têm se arriscado, dada a complexidade da tecnologia. Neste caso, o Google estaria concorrendo mais diretamente com a Apple e o seu CarPlay.

Um sistema operacional no veículo asseguraria que, toda vez que o carro fosse ligado, o motorista iria usar os serviços do Google, sem a necessidade dos smartphones. Esses serviços estariam difundidos em funções mais básicas do carro, como uso da câmera do veículo, dos sensores, medidor de combustível e conexão com a internet, que já está inserida em modelos mais novos.

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Para Thilo Koslowski, vice-presidente e consultor do Gartner, a oportunidade seria muito interessante para a empresa. “Isso fornece uma estrutura muito mais forte para o Google realmente se tornar parte de um veículo, ao invés de um complemento”, afirmou ele.

Entre os desafios que o Google pode enfrentar, segundo analistas, estão algumas questões técnicas, como as negociações com as montadoras, convencendo essas companhias a integrar os serviços do Google nos veículos e dar tamanho espaço para a empresa.

A ideia de automóveis conectados a internet e integrados com a tecnologia tem se tornado mais atraente para as empresas. Nos Estados Unidos, os motoristas gastam cerca de 50 minutos diários dentro de carros, tempo esse que ganharia outra dimensão caso fosse possível realizar tarefas online, sem usar o smartphone.

O Google já assinou parcerias com diversas empresas como Hyundai, General Motors e Nissan para dar força à sua iniciativa automotiva e também ao Android Auto.

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A Apple, principal rival, anunciou o software CarPlay em março, mas é provável que em janeiro, durante a feira Consumer Electronics Show (CES) 2015, em Las Vegas, a Maçã revele mais informações sobre seu sistema operacional para carros. O Android Auto também teve ter mais detalhes revelados durante a feira.

Um dos principais benefícios do Google com a versão acoplada do Android seria a obtenção de informações valiosas sobre os usuários motoristas. A coleta de dados que tem sido uma das principais estratégias de lucro da empresa. “Ele pode ter acesso à localização GPS, onde você para, para onde você viaja todos os dias, sua velocidade, o nível de combustível, onde você estaciona para abastecer”, afirmou uma das fontes.

Para alcançar esse espaço dentro dos veículos, no entanto, o Google precisaria fazer diversas melhorias no Android, destacou outra fonte, como aprimorar desempenho e estabilidade para que fosse interessante para as montadoras investir em carros inteligentes. Um dos desafios é que o Android teria que ligar instantaneamente junto com o carro e não ter a espera de mais de 30 segundos, como ocorre com os smartphones.

Outro desafio seria convencer as montadoras a dar tal relevância ao Google, com acesso a componentes do carro, por exemplo, levantando preocupações sobre segurança e responsabilidade. Mark Boyadjis, analista da empresa de pesquisa IHS Automotive, ainda destaca uma questão fundamental: as montadoras não querem perder sua diferenciação e apelo de marca. “As montadoras não querem ter uma situação onde você entra em qualquer veículo e seja a mesma experiência onde quer que vá”, defende ele.