Google já recebeu mais de 100 milhões de pedidos de remoção de links em 2015
Por William Nascimento | 06 de Abril de 2015 às 11h25
Mesmo com suas fortes medidas para impedir a proliferação de material ilegal na internet, o Google continua a ver o número de links ilegais crescer a cada dia que passa. De acordo com um relatório elaborado pelo TorrentFreak, Mountain View processou uma quantia recorde de pedidos de remoção de links apenas nos quatro primeiros meses de 2015.
Para ser mais exato, tudo indica que o Google recebeu 100 milhões de pedidos de remoção de links referentes a disponibilização ilegal de material protegido por direitos autorais. Este é um aumento considerável em relação aos anos anteriores. Em 2011 a empresa recebeu apenas algumas centenas de pedidos de remoção por dia. Neste ano, este número saltou significativamente para mais de um milhão de pedidos por dia.
Um dos motivos da expansão da pirataria na internet é a recusa dos internautas em pagar por conteúdos digitais como música, aplicativos, e-books, entre outros. Visto que estes produtos são de fácil propagação na internet e a demanda é crescente, o número de cópias ilegais deverá aumentar consideravelmente nos próximos anos.
Em 2014, o Google levou um mês a mais para atingir a marca de 100 milhões, o que mostra que há um esforço crescente de detentores de direitos autorais para remover o conteúdo inapropriado. Infelizmente, a propagação deste conteúdo é muito rápida. O Google poderia remover um determinado link de uma música, por exemplo, mas em quantos outros sites ela voltará a aparecer? Esta parece ser uma batalha sem fim entre a pirataria e os detentores de direitos autorais.
Todo este aumento nos pedidos de remoção tem seus efeitos colaterais. Por exemplo, houve proprietários de sites que tiveram suas ligações com o Google removidas, apesar de não hospedarem nenhum conteúdo protegido por direitos autorais. Isso mostra que, devido ao aumento no número de pedidos, há erros no sistema que proporcionam a remoção de páginas legais. Em grande escala, isso poderá se tornar um grande problema para o Google.
Fonte: Ubergizmo