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'Google está se tornando o grande monopólio da mídia', diz ministro brasileiro

Por| 04 de Fevereiro de 2014 às 08h10

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Muita gente acredita na teoria da conspiração de que o Google vai dominar o mundo. Se isso vai acontecer, ninguém sabe, mas o fato é que a gigante de Mountain View está fazendo de tudo para se tornar cada vez mais presente na vida dos usuários. Na internet, com o Blogger, YouTube, mapas, redes sociais e o próprio motor de busca; nos dispositivos móveis, com o Android e os aparelhos da linha Nexus; nos PCs, com os notebooks da família Chromebook e o Chrome OS; nas compras e pagamentos, com o Google Play e Google Wallet.

São tantos os segmentos em que a companhia se faz presente, mesmo que de forma menos expressiva, que fica difícil não imaginar um futuro no qual cada produto tenha o selo de qualidade do Google. E tanto monopólio já tem alertado vários setores da indústria, inclusive aqui no Brasil. Nesta segunda-feira (3), o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, deu seu parecer sobre como a empresa norte-americana ameaça o império das redes de televisão e de teles no país - podendo até mesmo, eventualmente, engolir as duas no futuro.

"O Google está se tornando o grande monopólio da mídia. E a gente vê assim uma disputa entre teles e TVs que, provavelmente, se durar mais alguns anos, o Google vai engolir os dois", disse o Ministro.

Bernardo deu essa afirmação durante a cerimônia de posse de novos ministros no Palácio do Planalto, em Brasília. O ministro das comunicações é a favor da regulação da mídia exibida no Brasil, e não do conteúdo, além da importância em se discutir a forma de conduzir esse processo. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

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"Em primeiro lugar, eu sou favorável à regulação da mídia. Eu acho que sempre falei isso, sempre defendi. Nós precisamos apenas nos colocar sobre qual vai ser o modelo, sobre qual a forma de conduzir isso, se nós vamos fazer um projeto único ou por partes. Eu, por exemplo, acho que temos que incluir questões essenciais, por exemplo, sobre o que acontece na mídia de internet", disse o ministro.

Questionado se o Brasil tem planos de diminuir a participação de grandes organizações, entre elas o Google, Bernardo disse que o assunto precisa ser colocado em pauta. "Se você tem, por exemplo, uma empresa que, num setor, tem 70% de participação, é evidente que talvez seja o caso de discutir. É para discutir, eu sou a favor de discutir", explicou.

"Não estou falando de regular conteúdo. Sou absolutamente contra. Agora, nós podemos ter dois tipos de veículo vendendo publicidade? Um pagando imposto e outro pagando nada? Isso eu acho que tem de ser visto. Essa discussão eu coloco assim até como um elemento para contribuir com um eventual debate", afirmou o ministro. Paulo Bernardo também comentou que espera rapidez na definição do Marco Civil da Internet, e que a medida seja votada logo.

No que diz respeito às telecomunicações, o Google oferece pelo menos três produtos distintos: o Google Voice, Google Fiber e Google TV. O Voice é um programa similar ao Skype para realizar chamadas telefônicas diretamente pela conta no Gmail, enquanto que o Fiber é um serviço de internet ultrarrápida por um preço bem abaixo das operadoras concorrentes. Já a Google TV é uma plataforma inteligente que funciona como uma TV a cabo.

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