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Google é obrigado a incluir volante e pedais em carro que dispensa motorista

Por| 22 de Agosto de 2014 às 10h10

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Lembra do carro autônomo que não possui volante, nem pedais, anunciado pelo Google em maio deste ano? Bom, se você fica assustado com a ideia de transitar pelas ruas em um veículo sem esses itens fundamentais nos automóveis comuns, então já pode respirar aliviado. Uma nova lei nos Estados Unidos obriga a inclusão desses acessórios nos modelos fabricados pela gigante das buscas.

Como informa o Wall Street Journal, o Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia, nos Estados Unidos – local onde serão testados os carros –, determinou novas medidas para todos os tipos de automóveis em circulação no território californiano. As regras, que entram em vigor no próximo dia 16 de setembro, estipulam que os condutores sejam capazes de assumir o controle do carro imediatamente caso seja necessário. Isso significa que, para se adequar às novas leis, o Google terá que adicionar um volante e pedais de freio e acelerador em seu protótipo.

Se a companhia quisesse manter o projeto original, os testes com o carro autônomo teriam que ser realizados em outro Estado que não fosse a Califórnia. No entanto, a empresa disse que prefere cumprir as novas regras e construir um sistema de direção e pedais para que os motoristas possam utilizá-los durante os experimentos. "Com estas adições, os nossos motoristas podem testar os recursos de auto-condução e ter a capacidade de assumir o controle do veículo se necessário", comentou Courtney Hohne, porta-voz do Google.

O WSJ não especifica de forma clara, mas tudo indica que esse mecanismo de direção e pedais será temporário, incluso apenas durante os testes. Dessa forma, é provável que o protótipo original do carro, sem esses itens, seja testado e comercializado em outros lugares – desde que não tenham a mesma lei que proíbe os veículos 100% autônomos.

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Como o automóvel vai funcionar

Para o Google, os carros do futuro serão compactos, não terão freios, acelerador ou volante e serão capazes de dirigir sozinhos. Tudo feito inteiramente por um sistema de computador. Segundo o Google, o veículo possui sensores que ampliam o campo de visão das câmeras instaladas para ver o que está acontecendo até uma distância de dois campos de futebol. Além disso, o carro atinge velocidade máxima de 40 quilômetros por hora – a capacidade de locomoção deve ser ampliada para até 160 km/h quando o automóvel for equipado com todos os sistemas de segurança necessários.

Falando nisso, a companhia considera a segurança o fator mais importante para o sucesso do protótipo e reconhece que, assim como qualquer outro sistema, o carro pode falhar e, eventualmente, causar algum acidente. Por isso, o veículo possui dois sistemas distintos de travagem e de direção. Na prática, isso quer dizer que, se um dos mecanismos apresentar mau funcionamento, o outro entra em ação.

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Outro detalhe decisivo para manter ainda mais a segurança do carro está em sua composição. Segundo a empresa, o automóvel foi montado utilizando componentes menos pesados que os de um carro comum. A parte dianteira, por exemplo, foi construída com espuma e seu para-brisa é feito a partir de um material flexível. O Google disse que isso reduz o dano que o carro pode causar caso atropele ciclistas, pedestres ou qualquer objeto na pista por acidente.

De acordo com o primeiro vídeo promocional da novidade, o carro comporta confortavelmente duas pessoas e até mesmo um cachorro, já que não possui todo o equipamento frontal (volante, aparelho de som, porta-luvas, freios, aceleradores e painéis), lateral (espelhos retrovisores) e traseiro, todos estes presentes nos carros atuais.

O carro sem motorista do Google ainda não tem uma data oficial para chegar ao mercado. A previsão é que os testes sejam iniciados até o final deste ano em Mountain View, na Califórnia, onde cerca de 100 protótipos deverão estar nas ruas da cidade ao longo dos próximos dois anos.