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Google deve investir até US$ 3 bilhões em satélites para espalhar internet

Por| 02 de Junho de 2014 às 14h34

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O Google possui um novo e ambicioso projeto para levar internet aos mais de 7 bilhões de habitantes do planeta Terra. Fontes familiarizadas com o assunto disseram ao Wall Street Journal que a empresa de Larry Page e Sergey Brin vai investir o equivalente entre US$ 1 bilhão e US$ 3 bilhões na construção de satélites para levar acesso à web a locais isolados do globo.

O projeto ainda não teve muitos detalhes revelados porque as negociações não foram totalmente concluídas. Até o momento, sabe-se que a iniciativa contará com 180 pequenos satélites de alta capacidade, que serão colocados em órbita a altitudes mais baixas que os satélites comuns. Os custos dependerão da infraestrutura de rede e da possibilidade de dobrar o número de satélites em operação.

O WSJ afirma que o projeto é liderado por Greg Wyler, fundador da startup focada em comunicações por satélites O3b Networks. Além de Wyler, participam da empreitada uma série de engenheiros que trabalhavam na empresa Space System/Loral LLC – no total, a equipe liderada pelo executivo é composta por 20 pessoas que respondem diretamente ao cofundador da gigante das buscas, Larry Page. Jamie Goldstein, um diretor da O3b, disse que não pode comentar sobre o que Wyler está trabalhando devido a um acordo de confidencialidade com o Google.

Procurada pela jornal, a companhia comentou apenas que está focada em atrair centenas de milhões de novos usuários online. "A conexão da internet significativamente melhora as vidas das pessoas. Ainda assim, dois terços do mundo não têm nenhum acesso. Ainda é cedo, mas os satélites atmosféricos podem ajudar a levar acesso à internet a milhões de pessoas", disse.

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Os rumores sobre esse projeto com satélites vão de encontro a uma recente aquisição do Google. Em abril, a empresa anunciou a compra da Titan Aerospace, uma fabricante norte-americana de drones que possui uma série de unidades de pesquisa e desenvolvimento no estado do Novo México, nos EUA. A entidade fabricou protótipos que funcionam com energia solar e podem permanecer durante cinco anos no ar, a 20 quilômetros de altitude. Os protótipos também podem desempenhar a maioria das tarefas que os satélites geoestacionários.

Talvez os equipamentos que o Google coloque no céu não sejam como os satélites que orbitam no espaço, mas sim máquinas semelhantes aos drones que poderiam se locomover entre uma região e outra. Além da Titan Aerospace, foi adquirida a Makani, responsável por uma tecnologia de turbinas que utilizam o vento como fonte de energia e contribui para dar autonomia aos equipamentos que, um dia, poderão ser colocados em uso pela gigante das buscas.

Vale lembrar que o Google já possui um outro projeto com o objetivo de levar internet a zonas remotas do planeta. O "Loon" é uma criação dos laboratórios secretos Google X e foi desenvolvido pela Força Aérea norte-americana. Ainda não há previsão de quando eles estarão nos céus, mas a empresa continua realizando testes com os equipamentos - um dos mais recentes inclui uma volta ao mundo em 22 dias, em um trajeto de aproximadamente 500 mil quilômetros que passou pelo Oceano Pacífico, Chile, Argentina, Austrália e Nova Zelândia.

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Também há previsão de que o Project Loon chegue ao Brasil. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, em outubro do ano passado, Mohammad Gawdat, vice-presidente de inovação empresarial do Google X, comentou que se reuniu com o governo para discutir a implantação do projeto no país. "Vamos ouvir o ministro das Comunicações do Brasil (Paulo Bernardo) para saber quais são as necessidades do país, qual parcela da população não tem acesso à internet, que tipo de acesso as pessoas estão procurando e como as operadoras de telefonia trabalham", disse.