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Ex-funcionário da Apple diz que a empresa já atingiu o pico e agora vai declinar

Por| 08 de Novembro de 2012 às 06h10

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Ex-funcionário da Apple diz que a empresa já atingiu o pico e agora vai declinar
Ex-funcionário da Apple diz que a empresa já atingiu o pico e agora vai declinar
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A Apple é a atual segunda marca mais valiosa de todo o planeta, perdendo apenas para o império criado pela Coca-Cola. Restringindo um pouco o assunto para o mundo da tecnologia, ela é mais valiosa do que a Amazon, Facebook, Google e Microsoft juntas.

A companhia conquistou a maior quantidade de clientes fiéis - e fanáticos - que uma marca de produtos eletrônicos poderia imaginar. Mas há quem afirme com toda convicção que esse sucesso todo chegou ao nível máximo que a empresa de Steve Jobs poderia atingir.

Dan Crow trabalhou durante quatro anos na empresa da maçã como principal engenheiro de software e gerente de engenharia. Atualmente, ele participa de diversas startups de sucesso e também escreve regularmente sobre o assunto para o britânico The Guardian.

Em seu último texto, publicado hoje (07) no site do jornal, ele foi enfático ao dizer que a Apple atingiu o pico, e a história dos próximos anos será de um declínio lento, mas real. Antes de ser crucificado pelos macmaníacos, ele faz questão de deixar claro que sempre torceu pelo sucesso da companhia.

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Crow também afirma ser um ávido usuário de Mac, embora para dispositivos móveis prefira os Androids. Ele também trabalhou no Google durante cinco anos. Antes de julgar a opinião do Ph.D (sim, ele é Ph.D em Inteligência Artificial), preste atenção nos pontos levantados por ele.

A Apple sempre priorizou oferecer a melhor experiência possível para o usuário de seus produtos, porém, se pensarmos em alguns acontecimentos recentes, vamos ver que essa essência está se perdendo. Convenhamos que substituir o Google Maps por uma experiência obviamente inferior como a apresentada no Apple Maps mostra o quanto a empresa mudou.

A evolução criativa também parece estar desacelerando gradualmente. Basta pensar no lançamento do iPad 4, feito apenas seis meses após o do iPad 3 com Retina Display, algo que realmente desagradou os consumidores que haviam acabado de adquirir o produto que, até então, era top de linha.

"Na realidade, esses sinais e presságios são relativamente pequenos. A Apple continua a produzir excelentes produtos e para cada aplicativo Maps, há um iPad Mini novo ou um grande iPod Touch para iluminar o panorama. Mas tudo isso não parece um pouco... horizontal?", questiona Crow em seu texto para o The Guardian.

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E não é apenas no setor de produtos que notamos mudanças nessa "fórmula de sucesso" vivida até então pela empresa. A parte organizacional também apresentou mudanças notáveis, como a saída de Scott Forstall, o vice-presidente sênior do iOS que já era considerado o executivo que melhor incorporava a visão tecnológica do seu ex-chefe, Steve Jobs.

E por falar no grande homem por trás da maçã, a sua perda afetou nitidamente a companhia, tanto que em 2012 as mudanças realmente começaram a ficar mais claras. Todos sabem que Jobs era adepto de uma liderança um pouco mais autocrática, porém, ele conseguia combinar "medo, inspiração e brilho" - conforme Crow o descreve - com excelência.

As palavras de Crow resumem bem o assunto: "Depois disso, ainda que a empresa continue a ver um grande sucesso, criar incríveis novos produtos e a fazer cargas de caçamba cheias de dinheiro, o ritmo vai diminuir, mais erros vão acontecer, e ela não vai voltar aos níveis de execução e de brilho que experimentou na primeira década deste milênio. Posso estar errado. Espero que eu esteja errado", finaliza o ex-funcionário da gigante da tecnologia.