Escola britânica usa robôs para educar crianças autistas
Por Joyce Macedo | 09 de Novembro de 2012 às 12h05
Uma escola primária no Reino Unido, chamada Topcliffe, está realizando testes com dois robôs que podem ajudar crianças autistas a aprender fonética e também a aumentar sua interação social por meio de jogos de carta, memória e imitação.
Segundo a BBC News, os humanoides se chamam Max e Ben e estão se saindo muito bem em sua missão. Cerca de um quarto das crianças que estudam em Topcliffe são autistas, e os robôs-professores interagem com crianças na faixa etária de cinco a 10 anos de idade.
Os professores afirmam que as crianças que sequer conseguiam olhar no olho das pessoas dentro da escola, agora, interagem tranquilamente com os robôs.
"Os robôs não têm emoção, então as crianças autistas os acham menos ameaçadores do que seus professores, o que deixa o envolvimento mais fácil", completa o diretor da instituição, Ian Lowe.
A escola é pioneira no país em relação ao uso desse tipo de método com crianças portadoras de autismo. Os robôs foram doados pela fabricante francesa Aldebaran, e cada um deles custa cerca de R$ 49 mil.
Pesquisadores da Universidade de Birmingham, que têm analisado as melhores maneiras de usar os robôs, dizem que a chave está na programação dos pequenos humanoides.
A diretora do Centro de Educação e Pesquisa de Autismo da Universidade, Doutora Karen Guldberg, afirma que eles estão pensando de maneira criativa sobre a melhor maneira para programar esses robôs a fim de ajudar a desenvolver a interação social e a habilidade de comunicação das crianças.
"Quando as pessoas se sentem seguras e estão motivadas, elas aprendem muito melhor", completa a Doutora Karen.