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CEO do Google Brasil dá início a testes do Project Loon no Piauí

Por| 05 de Junho de 2014 às 23h53

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Guardian
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No final de outubro de 2013, o executivo Mohammad Gawdat, vice-presidente de inovação empresarial do Google X, revelou ao jornal Folha de S. Paulo que o projeto Loon poderia chegar ao Brasil. E agora, essa possibilidade se confirmou.

Durante sua palestra na Ciab 2014, realizada em São Paulo nesta quinta-feira (5), Fábio Coelho, CEO do Google Brasil, revelou que o projeto está em fase piloto em Teresina, capital do Piauí.

"[O projeto é sobre] tentar conectar áreas que a conectividade natural não consegue alcançar, pois não há uma eficiência de custos para você colocar antenas, repetidor ou torre. Então ao invés de você colocar uma torre no piso, você a coloca voando e você consegue, através de tecnologia, conectar pessoas em regiões que a gente jamais imaginaria que conseguiria", afirmou Coelho durante a apresentação.

Durante palestra, Fábio Coelho perguntou ao Google Now se "ia chover em Teresina" (Foto: Stephanie Hering/Canaltech)

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Para quem não conhece, o Project Loon é um dos planos da gigante de buscas que promete conectar milhares de pessoas ao redor do mundo por meio de balões. A iniciativa começou há um ano, na Nova Zelândia, com o lançamento de 30 balões que promovem a conexão 3G. Esses equipamentos foram desenvolvidos pela Força Aérea norte-americana e são construídos com um invólucro de poliéster chamado Mylar. Cada balão possui 15 metros de diâmetro e conta com antenas de rádio, computadores de voo, sistema de controle de altitude e painéis solares, responsáveis pela energia do sistema. Os balões ainda são hermeticamente fechados, voam na estratosfera a 20 quilômetros do solo e podem ficar no ar por até 100 dias.

Além de atender áreas afastadas e rurais, o Loon tem como ideia oferecer internet para locais afetados por desastres naturais que tiveram suas infraestruturas de comunicação interrompidas.

Funcionamento

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O funcionamento do Loon se dá por meio de uma espécie de "espelho". Como os balões não podem ser amarrados uns aos outros e precisam ser mantidos flutuando na brisa, o Google afirma que cada um deles é capaz de detectar outros balões ao seu redor e assim, se mover para garantir que o grupo permaneça equidistante entre si.

No vídeo abaixo, um dos membros do Loon, Dan Piponi, explica mais detalhes sobre o funcionamento dos balões.

Infraestrutura

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Como divulgado no início de maio, o Loon será licenciado para operadoras de telefonia móvel que queiram ajudar no projeto. No início, a ideia era que o Loon funcionasse de maneira totalmente independente e financiada inteiramente pelo Google.

No entanto, o fundador da empresa, Larry Page, teria afirmado que a estratégia era arriscada e isso poderia frustrar o objetivo principal do Loon, que é garantir internet para todos. Assim, novas edições do Loon deverão operar agora de acordo com as telecomunicações de cada país, com envio de sinal pelas operadoras.

Lançamento oficial

Quando comentou sobre a possibilidade do Loon vir ao Brasil, Mohammad Gawdat disse que se reuniu com Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, para discutir a implantação do projeto. Amanhã (6), Paulo Bernardo confirma a implantação em Teresina, com o lançamento oficial do Loon no Aeroporto Nossa Senhora de Fátima, às 10h.

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De acordo com o Teresina Diário, o evento contará ainda com a presença de representantes da Vivo e Telebras, prováveis operadoras parceiras responsáveis pelo sinal 3G no projeto.

Questionado durante o Ciab pelo Canaltech sobre possíveis outros locais de testes do Loon, Fábio Coelho disse que por enquanto, "serão feitos testes no Piauí para depois, dependendo dos resultados, ver se ele pode ir para outros estados".

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