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Apple, Samsung e outras empresas de tecnologia agora brigam por causa do grafeno

Por| 16 de Maio de 2014 às 13h51

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Recém-saídas de uma briga judicial, Apple e Samsung podem voltar aos tribunais em breve. De acordo com uma reportagem da Bloomberg, a batalha entre as duas empresas promete sair do mercado de smartphones e chegar aos laboratórios de ciência, já que ambas companhias estão interessadas no desenvolvimento de novas tecnologias com o grafeno.

Na última década, as pesquisas com grafeno aumentaram de tal forma que várias corporações começaram a registrar inúmeras patentes ligadas ao material. E não é para menos: o grafeno é como uma versão "high-tech" do plástico filme, sendo mais fino, mais forte e mais flexível que as tecnologias atuais. Além de conduzir eletricidade e ser transparente, o componente pode ser aplicado em superfícies de tablets e smartphones para transformá-las em telas sensíveis.

Isso sem contar que sua aplicação também é válida para gadgets flexíveis, um mercado que deve crescer até 14 vezes mais que o atual em apenas cinco anos, totalizando US$ 19 bilhões ao ano. Até 2016, companhias que produzem esses dispositivos devem lucrar cerca de US$ 847 bilhões, segundo dados do Yankee Group. Dessa forma, faz todo sentido empresas disputarem o registro de documentos e patentes para novos produtos que utilizam o grafeno.

Segundo um levantamento do Escritório de Propriedade Intelectual do Reino Unido (UKIPO), só a Samsung tem 405 registros publicados. Nos Estados Unidos, a sul-coreana possui 38 patentes e pelo menos 17 aplicativos que usam a palavra "grafeno" no resumo de invenções, todos publicados no Escritório de Patentes e Marcas do país (USPTO). No mesmo órgão, a Apple tem ao menos dois pedidos relacionados com o material ultrarresistente.

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Patentes "essenciais"

Em busca das melhores tecnologias, as empresas procuram conseguir o maior número de registros para evitar a concorrêencia. O professor Hong Byung Hee, da Universidade Nacional de Seul, na Coreia, é responsável pelo desenvolvimento de uma patente para a produção em massa de telas feitas com grafeno. Ele afirma que Apple, Samsung e até o Google já o procuraram para conhecer melhor como é essa produção. Procuradas pela Bloomberg, as três companhias se recusaram a comentar o assunto.

Outra característica do grafeno é sua capacidade de potencializar a velocidade dos semicondutores. Pelo fato de conduzir eletricidade cem vezes mais rapidamente do que o silício, pesquisadores têm aplicado o material a baterias, permitindo, entre outras tarefas, que um smartphone se matenha carregado durante uma semana inteira e seja recarregado em apenas 15 minutos quando ligado a uma tomada.

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Tanta tecnologia se encaixaria perfeitamente em quase todas as categorias de produtos da Samsung – smartphones e TVs, principalmente –, assim como em outros gadgets que possuem pouca duração de bateria. O aguardado Google Glass, por exemplo, tem autonomia de cerca de 45 minutos e demora pelo menos duas horas para recarregar. "Tudo que esse material faz, faz muito, mas muito bem. Há algumas oportunidades emocionantes e significativas [para seu uso]", explica Jiwoong Park, professor associado da Universidade Cornell, em Ithaca, Nova York (EUA).

Assim como as pesquisas com o grafeno continuam a todo vapor, também devem continuar as batalhas judiciais entre empresas de tecnologia pela disputa de patentes relacionadas ao material. Fato é que o componente promete revolucionar a indústria como um todo, e não vai demorar muito até que os primeiros dispositivos flexíveis e altamente resistentes cheguem ao mercado. É esperar para ver.