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Inglaterra teve mês de julho mais seco já registrado em quase 90 anos

Por| Editado por Rafael Rigues | 03 de Agosto de 2022 às 16h30

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S. Hermann & F. Richter/Pixabay
S. Hermann & F. Richter/Pixabay

O Escritório de Meteorologia, serviço nacional meteorológico do Reino Unido, revelou nesta segunda-feira (1º) que a Inglaterra passou pelo mês de julho mais seco já registrado desde 1935. Ainda, algumas regiões quebraram recordes próprios — sudeste e centro-sul da Inglaterra, por exemplo, tiveram o mês mais seco desde o início dos registros, em 1836.

Especificamente, essas regiões tiveram apenas 5 mm de chuvas, em média, enquanto a média nacional da Inglaterra ficou em aproximadamente 23,1 mm. Já o Reino Unido ficou com a marca de 46,3 mm de chuva, o que representa o 19º menor volume registrado em julho desde 1836. A chuva foi concentrada nas áreas ao nordeste do país.

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Os agricultores do país vêm notando as consequências do tempo seco em suas plantações, e alguns afirmam que foram forçados a realizar colheitas mais cedo que o comum. Enquanto isso, a vida selvagem da Inglaterra não é adaptada a condições mais quentes e secas, e cientistas do país alertam que abelhas e pássaros estão lutando para sobreviver.

A baixa umidade vem após o período de janeiro a junho, considerado o mais seco desde 1976. Além da pressão nos reservatórios de água do país, o tempo seco ajudou a causar incêndios na Inglaterra e em Wales. O fogo foi impulsionado pela onda de calor que elevou as temperaturas do país para além de 40 ºC.

Para cientistas especializados no clima, é indiscutível que o calor extremo seria “virtualmente impossível” sem as mudanças climáticas induzidas pela ação humana. Eles alertam que, se o aquecimento global continuar, as secas e as ondas de calor devem ficar mais comuns.

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Fonte: MetOffice; Via: BBC