Flórida: furacão Milton promete ser mais catastrófico que Helene
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela | •
O furacão Milton avança em direção ao estado da Flórida, no sudeste dos EUA, e já atingiu a categoria de máximo risco para um evento climático do tipo, que é a 5, nesta segunda-feira (7). Os ventos máximos sustentados foram medidos em 257 km/h, com algumas rajadas ainda mais fortes.
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Dependendo de como o fenômeno se comportar nos próximos dias, ele pode ter efeitos mais catastróficos do que o furacão Helene, registrado na última semana. Mais de 220 pessoas morreram por causa do ciclone anterior.
Vale observar que tanto o furacão Milton quanto o Helene são parte do que a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) chamou de temporada “extraordinária” de furacões no Oceano Atlântico. Entre os meses de junho a novembro, costumam ocorrer três grandes furacões (é a média histórica). Nesta temporada, a previsão dos meteorologistas é que sete sejam identificados.
Furacão Milton com categoria 5
Na costa da Flórida, o furacão Milton pode provocar, além dos fortes ventos, ondas muito maiores que a média e inundações, colocando vidas em risco. No momento, voos na região que deve ser atingida inicialmente já foram cancelados e as autoridades locais emitiram alertas de risco e planos de evacuação são adotados, dependendo da região.
Segundo avaliação do National Hurricane Center (NHC), que é parte da NOAA, o furacão Milton deve se mover da direção leste do Golfo do México para o sudeste nas próximas 36 horas. Em seguida, deve virar para a direção nordeste até chegar à costa do Golfo da Flórida, na quarta (9). Quando tocar o chão, a estimativa é que o furacão enfraqueça, retroagindo para a categoria 3.
Durante o percurso, o furacão Milton também pode causar destruição em partes da Península de Yucatán, no México, a partir de amanhã (8).
Tragédia causada pelo furacão Helene
Os moradores dos EUA ainda se recuperam do rastro de destruição deixado pelo furacão Helene, de categoria 4, nos últimos dias. As mais de 200 mortes se concentraram na Carolina do Norte, mas outros estados também foram afetados, como Carolina do Sul, Geórgia, Flórida, Tennessee e Virgínia.
Para além das vidas perdidas, o Helene e as tempestades inundaram cidades, interromperam o abastecimento de água e energia e destruíram pontes e estradas, deixando locais isolados. A maior parte dos locais ainda está em processo de reconstrução.
As causas dos furacões se tornaram mais intensos e deixaram uma marca maior de destruição ainda estão em investigação, mas os pesquisadores têm associado o problema ao aquecimento dos oceanos, o que alimenta as tempestades severas e favorece a formação dos furacões. Inclusive, discute-se a criação de uma nova categoria, a 6, pelo fato da destruição estar aumentando.