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O que um investidor deve buscar em um time para o sucesso de seu negócios?

Por| 30 de Julho de 2016 às 10h00

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O que um investidor deve buscar em um time para o sucesso de seu negócios?
O que um investidor deve buscar em um time para o sucesso de seu negócios?

Há um ditado muito importante no mundo corporativo que diz: 'Um bom investidor não aposta em ideias, mas sim no time certo para executá-las'. Martin Zwilling, investidor anjo, gestor de negócios e editor do portal Entrepreneur, acredita piamente nessa ideologia e afirma que levou muitos anos como investidor para absorvê-la de fato.

Martin explica que viu ideias incríveis e de muito potencial acabarem afundando por uma execução mal feita, para ele, esse é o motivo de muitos pioneiros numa ideia não se tornarem de fato a referência no segmento que criam.

As pedras tinham uma caixinha para transporte, um cartão de instruções e acessórios como uma coleira, ninhos personalizados e olhos destacáveis com diferentes expressões (Imagem/Reprod.: Wikipedia)

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Em um artigo onde Zwilling cita 7 atributos que uma ideia precisa preencher para se tornar promissora, ele cita também o caso Gary Ross Dahl, um homem que fez milhões nos anos 70 ao vender pedras com olhos de plástico dizendo que elas eram "Pedrinhas de Estimação". Para Zwilling, as pedras não tem mérito algum no sucesso que o negócio tomou, o verdadeiro responsável pelo capital gerado foi o próprio Dahl que é considerado até hoje um gênio do marketing.

Gary Dahl, como é chamado, foi um dos primeiros a utilizar o apelo emocional para vender algo que as pessoas simplesmente não precisam, uma ideia que é base do marketing atualmente.

Também de acordo com sua experiência no setor Zwilling explica que se cercar das pessoas certas é a melhor coisa que um investidor pode fazer. Isto porque uma ideia não é nada sem alguém que possa tirá-la do papel e fazer isso de forma efetiva, ele explica. Abaixo você confere 7 pontos que o editor afirma serem importantes na hora de embarcar em uma ideia como investidor e que estão diretamente ligados a com quem você se associa:

Procure metas e possíveis resultados

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Martin explica que um bom investidor não é uma pessoa que tem uma quantidade grande de dinheiro para gastar e que por isso deve investir na ideia mais interessante que surgir a sua frente. Para ele, é necessário estudar também o nível de propriedade com o qual o apresentador da ideia fala do negócio em si, é preciso saber que você está apostando na ideia de alguém que sabe o que está fazendo, sabe os níveis de risco e da possibilidade de tudo dar errado.

Nem tudo se resume a grandes apresentações sobre o produto final, o seu parceiro de negócios precisa saber exatamente o que fazer caso o plano A dê errado, afinal, é o seu investimento que manterá a máquina funcionando.

Busque parceiros de negócio com ideias concretas e bem desenvolvidas

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Criar um ambiente de trabalho amigável na medida certa também é um ponto fundamental para aumentar a produtividade em pequenas equipes (Imagem/Reprod.: Brand and Mortar)

Alguns empreendedores acabam se perdendo nos seus próprios pensamentos. Muitas vezes uma ideia começa de forma simples, focada em atender uma demanda e aceitar um retorno para isso. Até aí tudo bem, essa é a fórmula mais simples para um empreendimento de sucesso, o problema começa quando o projeto inicial a ser investido passa a adquirir um caráter muito maior do que propôs inicialmente, assim ele deixa de ser uma ideia sólida com grandes possibilidades de sucesso e passa a ser um grande ralo para onde o capital está indo.

É necessário manter os pés no chão e estar a par de todos os rumos que o seu investimento irá tomar. Não acredite em algo que vá "mudar o mundo" a não ser que, de fato, essa ideia possa mudar tudo como vivemos atualmente.

Bons investidores querem liderar os segmentos onde atuam

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Martin reforça que nada está 100% formado no mercado, sempre será possível adicionar um recurso novo ao Facebook ou mudar um pequeno detalhe do iPhone para que esses produtos relativamente antigos ganhem a atenção do público novamente. Para o editor, isso se aplica perfeitamente aos negócios não globalmente famosos como esses dois que citamos, é bom se manter em constante evolução e procurar liderar o mercado que você criou ou onde você atua.

Criar um diferencial é o passo mais rápido para se tornar referência num produto ou categoria. Vale lembrar que esse diferencial também pode criar uma imagem negativa praticamente irreversível, então é necessário estar atento a como essa inovação de algo já existente é aplicada. É aí que um bom parceiro de negócios faz milagres ou desastres.

Planeje, planeje bastante

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Ross Dahl ao lado de um dos panfletos de publicidade das duas 'Pet Rocks' (Imagem/Reprod.: Wikipedia)

Investidores adoram saber que o valor aplicado por eles tem uma margem de lucro bem definida, e com data para acontecer. Por isso essa dica é válida não só para quem quer investir mas também para quem tem um negócio no papel e procura investimentos, quem injeta dinheiro numa ideia em particular adora saber que vai ter um retorno com saldo positivo.

Muitas vezes uma ideia não pode apresentar essas previsões de forma concreta, mas sempre há uma forma mesmo que abstrata de se calcular os custos e os ganhos num determinado intervalo de tempo. Se uma ideia possui essas informações de forma clara e objetiva, é muito provável que os seus líderes empreendedores saibam o que estão fazendo, com sua própria ideia e com o dinheiro destinado a colocá-la em prática.

Se alie a um time que tem experiência e domínio da área a ser seguida

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Nada no mercado é tão válido quanto a experiência. Perder e ganhar são coisas que fazem parte do engrandecimento de qualquer figurão das cifras pelo mundo, por isso, a melhor forma de evitar que você caia no seu primeiro voo é se aliar a quem já caiu e já voou muitas vezes. Se for possível, tente sempre se alinhar com quem tem experiência com as derrotas ou vitórias e tem também algo a perder.

Uma ideia precisa ser objetiva e focada num único propósito inicial

Até mesmo conglomerados como o Google perceberam com os anos que células de trabalho menores, com menor pressão sob os funcionários, costumam render maior bem estar para toda a equipe de trabalho (Imagem/Reprod.: Quartz)

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Se o empreendedor que busca um investimento fala como se seu negócio fosse a solução para tudo o que há de errado num setor, é muito provável que ele esteja sonhando e não tenha calculado muito bem as possibilidades de fracasso do seu projeto. Isto porque se pensarmos bem, quase toda ideia revolucionária surge em um ambiente propício a isso e não conta com um único percursor, sempre há vários times desenvolvendo bons produtos ou métodos e deles um se destaca, então é muito improvável que um só empreendedor detenha tudo necessário para fazer algo extremamente grandioso funcionar.

O frisson do mercado atualmente são as startups, isso porque elas são claras e objetivas na resolução de um único problema da forma mais direta possível. Só depois de cumprir uma meta inicial é que uma startup irá se direcionar para outros campos ou nichos. No início, quanto menos braços para controlar, melhor.

Nunca se esqueça do time

É muito provável que no seu time existam pessoas muito entusiasmadas e pouco cautelosas, isso provavelmente se deve ao fato delas não serem experientes o suficiente, mas devemos entender que no mundo dos negócios nem todo mundo é plenamente experiente. A chave para uma boa equipe é tentar equilibrar qualidades atingidas e lições a serem aprendidas, construir um time depois de ter o dinheiro necessário para emplacar uma ideia é a forma mais errada de se iniciar um negócio, afinal, nesse caso não será necessário nenhum esforço ou comprometimento das partes envolvidas.

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Martin finaliza o seu texto dizendo que o time é sempre decisivo. Dahl conseguiu vender pedras por US$ 4 cada apenas sendo um bom marqueteiro, a chave usada por ele não foram os olhos de plástico ou a embalagem bonita das 'Pet Rocks'. Apesar de elas complementarem o pacote, a chama inicial foi a ideia de tornar algo barato como uma pedra do norte do México em algo rentável, que se fizesse desejável pelas pessoas simplesmente pelo apelo emocional que apresentava. O segredo foi a genialidade de Dahl.