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Produção multimídia no Linux, parte 3: editores de vídeo

Por| 28 de Janeiro de 2016 às 14h40

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Produção multimídia no Linux, parte 3: editores de vídeo
Produção multimídia no Linux, parte 3: editores de vídeo

Hora de explorarmos as principais soluções para Linux de edição de vídeos, o que pode parecer estranho para muitos usuários, já que tanto o Windows quanto o OSX concentram as principais soluções disponíveis por aí. E também as mais conhecidas e consagradas, caso do Premiere Pro, Sony Vegas, Final Cut, Corel VideoStudio e CyberLink PowerDirector, programas comerciais completos e renomados do segmento, de forma que falar de uma opção gratuita chega a ser até estranho, ainda mais para Linux, o que não significa que existam várias excelentes alternativas.

Openshot

Já brincamos bastante com o Openshot, e podemos dizer que ele é um excelente substituto para o Movie Maker do Windows ou o iMovie do OSX. Não tanto pelos recursos, mas pela facilidade de aprender a utilizá-lo para edições rápidas e competentes, executando as principais operações de edição de vídeo com velocidade e precisão, além de trazer uma estabilidade digna de nota para clipes maiores, suportando uma quantidade infinita de tracks.

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Apesar de intuitivo, o Openshot não deixa de trazer recursos bem interessantes, como escala, edição de transições, criação de textos em 3D, criação de legendas, marca d'água e assim por diante. Vale a pena mencionar que o Openshot tem uma boa interoperabilidade com o Inkscape, reconhecendo seus arquivos de forma transparente (.SVG) e permitindo que o usuário use facilmente letterings para seus vídeos, além de permitir alguma edição de áudio dentro do próprio programa.

Para quem precisa apenas do básico, é difícil errar com o Openshot.

Avidemux

O Avidemux é, provavelmente, o mais conhecido da lista, já que possui uma versão para Windows já há algum tempo. A sua proposta no Linux é basicamente a mesma do Windows (além do OSX e até para o PCBSD UNIX): ser um programa simples e extremamente leve para edições bem rápidas, para quem precisa recortar o incluir trechos de vídeo rapidamente, ou mudar o formato e codificação do vídeo final.

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Poder parecer simples demais, até, mas torna-se uma característica poderosa para quem precisa fazer alterações rápidas antes de subir um vídeo para o YouTube ou Vimeo, não raro sendo o programa utilizado por muitos Youtubers que falam diretamente para a câmera.

Piviti

De todos da lista, o Piviti é o que mais equilibra recursos com facilidade de uso. Não é nem o mais simples, nem o mais poderoso, mas equilibra esses dois pontos com maestria, sendo um dos editores de vídeo mais famosos do Linux. Ele pode ser facilmente encontrado nos repositórios da principais distros, mas o site inclui instruções para utilizá-lo em distribuições menos famosas, com comandos passo-a-passo bem simples.

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Um ponto bacana do Piviti é que ele integra perfeitamente com as principais interfaces gráficas, como Unity, KDE, Gnome e Cinnamon, com menus de contexto seguindo o esquema do sistema operacional. Além disso, suporta várias línguas (como português), tem bom aproveitamento de recursos e um pacote completo de transições, animações, filtros e efeitos, sendo uma das melhores opções para quem não quer, necessariamente, editar profissionalmente, mas também não quer abrir mão de ferramentas essenciais de edição.

Kdenlive

Assim como acontece como o DigiKam que vimos nos editores de imagem, o Kdenlive é o editor de vídeo para sistemas Linux e BSD (como o PCBSD, que usa o FreeBSD como base) com interface KDE (os KDE apps). Aliás, esse é um dos principais motivos de muitos usuários optarem pelo KDE, que oferece um conjunto bastante completo de programas junto com a interface gráfica. Inclusive, quem quer uma versão “pura” do DE pode experimentar o KaOS, que pode se entendido como o “Nexus do KDE” para Linux.

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Voltando ao Kdenlive. Ele se apresenta como um editor bastante completo, ainda não trazendo a pegada mais profissional dos dois próximos editores, mas certamente atende os mais entusiastas, que buscam um programa excelente sem deixar de lado a intuitividade. Para quem tem uma distro Linux com interface KDE (Kubuntu, Linux Mint, OpenSUSE e afins) e está disposto a investir tempo em aprender a utilizá-lo, com certeza vale a pena.

Cinelerra

Aqui já entramos no território profissional. Há, basicamente, duas versões do Cinelerra: a HV (Heroine Virtual), que tem um desenvolvimento mais fechado (sem deixar de ser software livre) e um foco em tecnologias mais novas, e a CV (Community Version), que prioriza a estabilidade, sem utilizar os últimos desenvolvimentos do programa. Em qualquer uma das duas versões, o usuário tem acesso a um programa poderosíssimo sem gastar um centavo.

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Porém, o Cinelerra exige um bom investimento de tempo, já que é um programa dificilmente considerado intuitivo. Esse tempo de aprendizagem compensa no longo prazo, já que é um dos programas mais completos da lista. No próprio site do Cinelerra, por exemplo, é possível baixar transições de tela, temas, ferramentas extras (como editores de fontes), e clipes gratuitos.

Lightworks (a partir de US$ 25/mês)

Fabricado pela Lwks, o Lightworks foi utilizado para produzir filmes como Coração Valente, Pulp Fiction, O Guia do Mochileiro das Galáxias e O Lobo de Wall Street, dando uma “pequena” noção do poder de fogo do programa. De suporte a extensões e plugins poderosíssimos e equipamentos de hardware dedicados até edição de várias câmeras simultâneas, ferramenta de correção de cor e múltiplos canais de áudio, usar o Lightworks é um passo importante para quem quer trabalhar profissionalmente com edição de vídeo.

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A forma de licenciamento do Lightworks é a mesma dos programas da Adobe, por assinatura, não sendo possível fazer um pagamento único. A vantagem é que adquirir a licença por períodos maiores é consideravelmente mais acessível e inclui bundles de efeitos e transições para edição, começando com US$ 25 por mês, com suporte tanto para Linux quanto OSX e Windows.

Não é necessário adquirir uma licença para usar o Lightworks, porém, ou baixá-lo em sites de pirataria, já que ele oferece uma versão Fremium gratuita. Nela, o usuário tem todo o poder de fogo de programa sem qualquer tipo de restrição, mas é limitado a exportar os vídeos com resolução máxima de 720p na codificação H.264, sendo uma vantagem considerável para quem quer aprender a usar o programa antes de comprá-lo. No site da Lwks há uma boa quantidade de tutoriais em vídeo para começar, além de vários tutoriais gratuitos de terceiros na internet.

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