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Mitos e verdades sobre o Linux

Por| 25 de Maio de 2015 às 09h14

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Mitos e verdades sobre o Linux
Mitos e verdades sobre o Linux

Muitos mistérios ainda pairam em torno do Linux, pelo menos na cabeça de quem nunca usou o sistema operacional livre. Apesar de pouco utilizado para fins domésticos quando comparado com o Windows, as distribuições Linux, ou distros, como também são conhecidas, ganham cada vez mais novos adeptos.

Com o passar do tempo, os desenvolvedores vêm investindo também em tornar suas distribuições mais amigáveis, especialmente aquelas cujo foco é o usuário doméstico, como é o caso do Ubuntu, Fedora e Linux Mint. Assim, aos poucos, vai sendo desfeita aquela ideia de que Linux é difícil de usar ou não tem jogos e aplicativos.

Para facilitar a vida de quem ainda está em dúvida se deve ou não migrar do Windows ou Mac para o sistema do pinguim, aqui vai uma série de respostas a questionamentos básicos sobre as distribuições Linux. Confira:

Linux não pega vírus

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Mito. Linux pode pegar vírus, sim, apesar disso ser pouco comum. Isso porque a estrutura de arquivos dos sistemas Linux é pouco propícia à propagação de um vírus, ou seja, é muito difícil um vírus infectar uma máquina com o sistema do pinguim e danificá-la por completo.

Para instalar um programa em uma distribuição Linux, por exemplo, você precisa ter acesso de administrador, algo que é liberado apenas mediante autenticação manual do usuário. Em outras palavras, você precisa autorizar com uma senha para que um programa seja instalado em seu computador, o que torna ainda mais restrita a ação dos vírus.

Além disso, acessar e alterar algumas pastas essenciais do sistema também só pode ser feita mediante o mesmo tipo de autenticação. Ou seja, diferente do Windows, em que qualquer usuário pode apagar completamente o conteúdo de um diretório, mesmo que por descuido, no Linux, isso se torna mais difícil — tanto para você quanto para um vírus.

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Porém, vale sempre ressaltar que todo sistema é suscetível a falhas e problemas de segurança. Por exemplo, instalar um pacote de Linux obtido de uma fonte não confiável ou executar o Wine como administrador pode expor seu sistema Linux a ação de malwares.

Linux tem poucos jogos

Verdade. Jogos independentes costumam ter versões para Linux — há inclusive uma plataforma focada em jogos indies, a Desura, com versão oficial para várias distribuições Linux. Recentemente, até o Steam, uma das maiores plataformas de distribuição digital de games, já tem versão oficial para Ubuntu, a principal distro da atualidade.

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(Foto: Extreme Tech)

Porém, mesmo no Steam, o número de jogos com versões para Linux ainda é bastante limitado. Grandes títulos como GTA V, FIFA 15 e Mortal Komba X, por exemplo, podem ser jogados no Windows, mas não em uma distribuição do sistema do pinguim. Isso significa que Ubuntu e companhia ainda não figuram como alternativa para quem quer um computador para jogos, especialmente os “blockbusters”.

Só dá para usar Linux se souber usar as linhas de comando

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Mito. Por incrível que pareça, as linhas de comando normalmente costumam ser mais práticas do que a interface gráfica para realizar algumas tarefas — como instalar um aplicativo ou atualizar o sistema. Porém, é fácil de entender porque muita gente tem arrepios em relação a este tema.

Por mais que algumas situações sejam facilmente resolvidas pela linha de comando, descobrir e decorar como apagar/remover um aplicativo por completo pode não ser algo simples. Além disso, dependendo da forma como você usa o sistema, fazer isso sempre pela linha de comando é praticamente impossível.

Pensando nisso, as distribuições Linux mais populares da atualidade, como o Ubuntu, Fedora, OpenSuse e Linux Mint, vêm investindo pesado na interface gráfica. Atualmente, não há basicamente nada que não possa ser feito clicando em botões, ou seja, as distros vêm ganhando em “amigabilidade” ao longo dos últimos anos e a tendência é melhorar cada vez mais.

Não tem Photoshop para Linux

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Verdade. Se você lida com manipulação pesada de imagens no Windows ou no Mac e faz isso usando o Photoshop, migrar para o Linux talvez não seja uma opção para você. O grande nome da edição de imagens no sistema livre é o GIMP, uma espécie de “Photoshop open source”, mas nem sempre ele vai funcionar como alternativa ao Photoshop.

Entretanto, além das diferenças gritantes quanto à interface de usuário, a quantidade de recursos oferecida e a capacidade das ferramentas existentes no programa ainda o deixam bem abaixo do editor da Adobe. Há programas para diagramação (Scribus) e vetorização de imagens (Inkscape) disponíveis para Linux, mas se pensarmos exclusivamente em um editor de imagens avançado, o GIMP ainda não vai dar conta do recado.

Linux só serve para usuários avançados

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Mito. Ultimamente, as principais distribuições Linux vêm ganhando recursos que tornam muito mais simples sua utilização por qualquer pessoa, seja ela leiga ou experiente. Além disso, a variedade de distribuições disponíveis para baixar gratuitamente na web tornam ainda mais amplas as possibilidades para qualquer um.

Como dito anteriormente, salvo se você tem uma necessidade muito específica (como o uso do Photoshop), migrar para o Linux não será um problema. Basicamente, qualquer programa disponível para Windows encontrará uma alternativa para Linux, a maioria delas tão competente quanto a original.

Ou ainda você vai achar nomes como Lightworks, um dos principais editores de vídeos profissionais da atualidade, com uma versão nativa para o sistema livre. E há ainda aqueles programas exclusivos para Linux, fazendo com que tudo dependa da sua aptidão para pesquisar alternativas caso queira mudar de sistema operacional.