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Videografista processa Adobe por bug que apagou mais de 100 mil arquivos seus

Por| 16 de Novembro de 2018 às 08h18

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Imagine esta cena: você está editando um vídeo bastante complexo e seu programa trava fazendo com que você perca não somente o trabalho daquele momento, mas anos de produção. Pois bem, é o que o Dave Cooper informa que aconteceu com ele. O videografista processou a Adobe alegando que perdeu anos de seu trabalho por conta de um bug no Adobe Premiere Pro CC 2017, versão 11.1.0.

Segundo ele, o software simplesmente apagou vídeos e fotos que não estavam ligados ao programa. O que acontece é que o Premiere tem uma função chamada de “clean cache”. A ferramenta é utilizada para apagar arquivos temporários, repetidos e até de salvamento automático criados durante a edição de um vídeo. Isso acontece pois cada corte e modificação feita em um vídeo gera um novo arquivo temporário, que pode ser excluído automaticamente pelo programa para evitar acúmulo no computador.

O problema, segundo Cooper, é que o Premiere não se manteve apenas a esses arquivos, apagando pastas que não estavam no media cache, local que ele geralmente limpa automaticamente.

A própria Adobe já informou em post recente em seu blog que o problema poderia acontecer. Tanto que uma das correções do update 11.1.1 do Premiere Pro CC 2017 era justamente o problema que exclui arquivos que são jogados na pasta de cache. A companhia chegou a informar que, com a correção, “arquivos que estão em pastas próximas a do Cache não vão mais ser afetadas. Entretanto, recomendamos fortemente manter a pasta de Media Cache distante dos seus arquivos originais”.

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Segundo o advogado de Cooper, “os arquivos que foram deletados eram tanto vídeos originais quando os que já haviam sido editados. Como um artista visual freelancer, tudo que você é e tudo que você tem é seu trabalho. Se você não tem seu trabalho, então você bem pode não ser mais um artista visual”.

Ao todo, Cooper diz que cerca de 100 mil arquivos de vídeos foram perdidos, o que representaria um prejuízo de US$ 250 mil. O que o profissional alega não é que só deixou de ter um arquivo do seu trabalho, mas perdeu credibilidade no meio, já que perdeu arquivos brutos que ainda não haviam sido entregues aos clientes. Com isso, ele também perdeu trabalho futuros.

Segundo o advogado, o videografista ainda tentou conversar com a empresa antes mesmo de entrar com o processo, mas a Adobe não quis fazer uma negociação. A companhia se defendeu informando que lançou uma atualização para corrigir o problema o mais rápido possível, com apenas um mês após os primeiros relatos.

Copper quer ressarcimento não só pelos arquivo perdidos, mas também pelos danos de imagem ao seu trabalho. A expectativa de ambos, advogado e videografista, é de que o julgamento vá a júri popular.

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Fonte: Regmedia, Adobe