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Tinder demite funcionários que estão processando a controladora Match Group

Por| 19 de Dezembro de 2018 às 08h43

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Tinder demite funcionários que estão processando a controladora Match Group
Tinder demite funcionários que estão processando a controladora Match Group
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O Tinder demitiu funcionários que haviam processado sua controladora, o Match Group, assim como sua acionista, a IAC. Dentre os profissionais mandados embora está a ex-vice-presidente de marketing e comunicação da companhia, Rosette Pambakian. Um porta-voz da Match Group confirmou que houve diversas demissões, mas não identificou os trabalhadores ou revelou o número total de dispensas.

Um processo coletivo corre na Justiça, onde ex-funcionários, os cofundadores do Tinder, Sean Rad, Justin Mateen e Jonathan Badeen, e Rosette Pambakian alegam que a IAC e a Match Group manipularam dados financeiros com intuito de reduzir a avaliação da empresa. Os autos também informam que Greg Blatt, CEO do Match e do Tinder, praticou assédio sexual contra Pambakian durante as confraternizações de fim de ano da empresa, em 2016. O Match Group, assim como a IAC, anunciaram que as alegações eram "sem mérito".

Pambakian enviou um e-mail à atual CEO do Match Group, Mandy Ginsberg, relatando que fora submetida a "intimidação e retaliação em curso claramente destinadas a me pressionar a renunciar [ao cargo]". Ela também escreveu, na comunicação, que nunca pensou "que seria expulsa da minha empresa por defender o que é certo. Mas se esse é o custo de estar do lado certo da história, eu pago".

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O e-mail ainda traz a recomendação da vítima para que a empresa adote, como fizeram a Google, o Facebook e a Uber, a desobrigatoriedade da arbitragem forçada em casos de denúncias de má conduta sexual: "reconsidere a segurança de sua força de trabalho feminina restante", pede Pambakian à Ginsberg.

A resposta de Ginsberg é desconectada da responsabilidade que a empresa deve manter em relação à segurança das profissionais expostas ao assédio no local de trabalho: "Você não poderia ter sido [demitida por retaliação à denúncia de assédio], afinal você nunca reportou Greg por má conduta sexual". Negando o relatado por Pambakian, Ginsberg segue explicando seu ponto de vista sobre o ocorrido: “Conforme explicado na carta que lhe enviamos, você foi demitida porque não foi possível cumprir os deveres e responsabilidades de seu papel como porta-voz do Tinder por várias razões, incluindo sua posição pública contra a empresa durante um processo de avaliação", escreveu de volta a CEO.

"Também pedimos recentemente que você viesse ao escritório para uma reunião com o departamento de RH para discutir atividades e políticas relacionadas ao trabalho e foi informado de que só podemos entrar em contato com você por meio de seus advogados. Infelizmente, é impossível que você faça seu trabalho no Tinder se todas as comunicações relacionadas ao seu trabalho tiverem que passar por seus advogados", completou Ginsberg.

Fonte: TechCrunch