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Jornal revela que Google pagou pela saída de Andy Rubin e Amit Singhal

Por| 12 de Março de 2019 às 08h51

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De acordo com o Wall Street Journal, a Google teria pagado um total de US$ 105 milhões para Andy Rubin e Amit Singhal depois de eles terem sido acusados ​​de assédio sexual na empresa. Essa informação vai de encontro com relatório do The New York Times, que diz que a Google pagou US$ 90 milhões para Rubin e revela que a gigante das buscas também teria pago US$ 15 milhões a Singhal, que deixou a Uber após ser divulgado que não foi ele quem relatou o assédio sexual.

O processo, apresentado pelo acionista James Martin, confirma que o conselho de administração aprovou um pacote de saída de US$ 90 milhões para Rubin como um presente para ele. Nenhuma menção, é claro, foi feita sobre a verdadeira razão para a "renúncia" de Rubin – que teria acontecido em virtude do suposto assédio. Continuando, o processo descreve que Singhal recebeu permissão para renunciar, discretamente, em 2016, devido às supostas alegações de assédio sexual e teria recebido milhões em indenizações.

Ainda é revelado que a Google concordou em pagar US$ 45 milhões para Singhal, mas acabou pagando apenas US$ 15 milhões por ele ter ido trabalhar para um concorrente. Essa diminuição teria ocorrido pelo fato de a Google, inicialmente, ter concordado em realizar pagamentos anuais, durante 3 anos, no valor de US$ 15 milhões caso ele não se juntasse a um concorrente.

Singhal foi vice-presidente sênior de pesquisa antes de se demitir da Google, em fevereiro de 2016. Após um ano, ele se juntou à Uber, mas, um mês depois, o então CEO da Uber, Travis Kalanick, pediu a Singhal que ele se demitisse após descobrir que Singhal não havia lhe informado sobre a investigação da qual era alvo. Em um e-mail enviado para a Bloomberg, Singhal informou que repudia o assédio em qualquer ambiente e que gostaria que todos soubessem que ele não cometeu nenhum desses comportamentos. Ainda, complementa afirmando que em “20 anos de carreira, nunca fui acusado de algo assim antes, e a decisão de deixar a Google foi minha”.

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Em novembro de 2018, a Google informou que 48 pessoas haviam sido demitidas por assédio sexual, incluindo 13 gerentes seniores e superiores. Na época, a gigante das buscas ainda disse que nenhum desses indivíduos teriam recebido um pacote de saída.

Sobre o caso, um porta-voz da Google informou ao site TechCrunch que há sérias consequências para quem se comporta de maneira inadequada na empresa e que, nos últimos anos, ela realizou várias alterações no local de trabalho, além de adotar uma linha de conduta cada vez mais rígida quanto aos abusos de pessoas que possuem cargos mais altos.

Fonte: Tech Crunch