Publicidade

Google é acusada de espionar funcionários "rebeldes" para demiti-los

Por| 02 de Dezembro de 2020 às 22h20

Link copiado!

Reprodução:  Brett Jordan
Reprodução: Brett Jordan
Tudo sobre Google

O Google sabe tudo sobre você — e isso não é novidade para ninguém. Agora, se o Gigante das Buscas possui uma perigosa coleção de informações a respeito de você, imagine o quanto ele fica de olho em seus próprios funcionários. Isso acaba de ficar provado, uma vez que a companhia está sendo denunciada pelo Comitê Nacional de Relações de Trabalho (NLRB) de ter espionado as atividades de dois colaboradores.

Laurence Berland e Kathryn Spiers trabalhavam para a companhia e foram desligados no final de 2019, após incentivar protestos contra a decisão da empresa de trabalhar com a IRI Consultants, uma firma de consultoria corporativa conhecida no mercado por ser um tanto “pulso firme”; e de discordar da organização de sindicatos. Berland foi acusado de revisar e monitorar os calendários de outros funcionários, algo teoricamente proibido no Google.

Já Spiers foi acusada de “violar práticas de segurança” após criar uma notificação pop-up que aparecia sempre que um “googler” tentava acessar o site da IRI pela rede corporativa. Seu caso foi bem mais grave, visto que Spiers acabou tendo sua reputação manchada no setor após tais alegações, o que, até o momento, dificulta bastante a sua recolocação no mercado de trabalho.

Continua após a publicidade

“A contratação da IRI pelo Google é uma declaração nada ambígua de que a gestão não vai mais tolerar a organização de trabalhadores. Os gerentes e seus capangas que atacam funcionários sindicalizados queriam mandar essa mensagem, e agora a NLRB está mandando uma mensagem própria: a organização de trabalhadores é protegida por lei”, afirmou Berland.

Em uma nota enviada ao The Verge, o Google afirmou que “sempre trabalhou para apoiar uma cultura de discussão interna” e que deposita intensa confiança em seus funcionários. “Estamos confiantes em nossa decisão e posição legal. As ações realizadas pelos funcionários em questão foram uma violação grave de nossas políticas e uma violação inaceitável de uma responsabilidade confiável”, conclui a companhia.

Fonte: The Verge