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Demissão do criador da Oculus pode ter sido retaliação política

Por| 13 de Novembro de 2018 às 09h19

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Demissão do criador da Oculus pode ter sido retaliação política
Demissão do criador da Oculus pode ter sido retaliação política

Quando o Facebook anunciou, em março de 2017, que Palmer Luckey (um dos fundadores da Oculus) não fazia mais parte da empresa, ninguém soube responder exatamente qual foi o motivo do desligamento. Contudo, uma reportagem do Wall Street Journal pode finalmente ter revelado o que realmente aconteceu naquele mês de março.

Na época, acreditou-se que um dos motivos que o levou a se desligar foi a polêmica envolvendo uma doação de Luckey a um grupo que espalhava memes pró-Trump durante as eleições presidenciais dos Estados Unidos. Mas, de acordo com uma série de e-mails obtidos e fontes consultadas pelo periódico norte-americano, o motivo real é bem mais complicado e inclui o fato do CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, ter pressionado Luckey a apoiar de forma pública Gary Johnson, candidato à presidente pelo Partido Libertário, como uma forma de diminuir as críticas que o Facebook vinha recebendo desde a revelação da doação.

Outra informação importante descoberta pelo WSJ é que o desligamento de Luckey da empresa não foi voluntário, e o processo de demissão do fundador da Oculus custou pelo menos US$ 100 milhões aos cofres do Facebook.

Mas isso não quer dizer necessariamente que Luckey foi demitido apenas por suas posições ideológicas. De acordo com os mesmos contatos de dentro da empresa, os principais motivos para a demissão foram a falta de transparência de Luckey sobre o que fazia na empresa e o papel reduzido dele no dia a dia das operações da Oculus. Diante disso, a polêmica com as doações foi apenas o estopim para acelerar um processo de demissão que já era discutido pelos executivos da empresa.

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Desde que foi demitido, Luckey tem preferido ficar longe dos holofotes e não se mostra disposto a comentar o ocorrido. Porém, fontes afirmam que ele contratou um advogado e está processando o Facebook por violação das leis do estado da Califórnia por tentar obrigá-lo a apoiar um candidato e depois puni-lo por conta de suas convicções políticas.

Enquanto isso, o Facebook afirmou em comunicado à imprensa que a demissão de Luckey não se deu por motivos políticos, e que a empresa não tem nada a ver com as visões políticas de seu ex-funcionário.

Fonte: Engadget