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CEO da Google nega que algoritmo de busca tenha viés anti-conservador

Por| 11 de Dezembro de 2018 às 19h51

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Captura/YouTube
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O CEO da Google, Sundar Pichai, foi ao Congresso Norte-Americano na tarde desta terça-feira (11) para responder a perguntas sobre a empresa. Um dos motivos seria a acusação de que o mecanismo de busca do Google estaria enviesado a mostrar apenas visões contrárias a ideias conservadoras por conta de seus algoritmos. Pichai negou categoricamente a afirmação.

O primeiro a questionar o CEO foi Lamar Smith, quem acusou a gigante de silenciar vozes conservadoras, informando “isso não acontecia por acidente, mas que era fomentado pelos algoritmos”. Contra isso, Pichai informou que não há estudos independentes que provem a afirmação do republicado e defendeu a plataforma dizendo que ela tem “uma ampla variedade de fontes, tanto de direita, quanto da esquerda”.

Mais à frente, questionado por outros representantes, ele foi claro em dizer que tem “bastante certeza de que nós [a Google] não direcionamos o nosso trabalho por conta de nenhum viés político”, pontuou. Por fim, ele ainda ressaltou que a empresa faz contínuos estudos para garantir que não haja viés nas buscas, reforçando que mostra todo tipo de resultados a seus usuários.

O caso China

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Outro assunto em pauta na reunião foi o trabalho conjunto da Google com o governo chinês para o lançamento de um mecanismo de busca exclusivo para o país oriental. Chamado de projeto Dragonfly, a proposta seria retirar da plataforma uma série de conteúdos considerados inapropriados pelo governo. Em termos práticos, um buscador que críticos consideram conivente com a censura no país.

Para a congressista Sheila Jackson Lee, o Dragonfly teria exatamente o sentido opostos da proposta de um serviço como o da Google, o de fornecer ferramentas para que um cidadão se proteja em uma democracia. Sobre o projeto, Pichai disse que “não há planos para lançar na China” e que “não seria um produto de buscas” da Google no país. Ele ainda se defendeu dizendo acredita que é importante lançar um mecanismo na região, mesmo que aceitando certas restrições.

“Nossa missão principal é fornecer para os usuários acesso à informação e ter acesso à informação é um importante direito humano. Nós sempre nos esforçamos em todo mundo a tentar fornecer esta informação”, disse. Por fim, prometeu que a empresa seria completamente transparente sobre o mecanismo de buscas, caso ele seja efetivamente lançado.

Neste ano, funcionários da Google enviaram cartas abertas a Pichai em que mostram preocupação com o projeto e pedem que ele reconsidere a parceria com o governo chinês. Outro tema citado por funcionários é a exatamente a falta de transparência.

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Dados

Assim como aconteceu com Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, em audiência, Pichai também foi questionado sobre a quantidade de informação que a Google retém de seus usuários.

Sobre isso, ele informou que atualmente a empresa ofereceu mais mecanismos para que as pessoas pudessem decidir o que a companhia poderia ou não registrar das buscas e navegação, além de informações de aparelhos Android. Com isso, mais de 20 milhões de pessoas por dia modificam suas configurações de privacidade.

Fonte: BBC