Publicidade

CEO da Google explica por que palavra “idiota” está associada a Trump nas buscas

Por| 11 de Dezembro de 2018 às 19h45

Link copiado!

Wikimedia Commons
Wikimedia Commons
Tudo sobre Google

Sundar Pichai, CEO da Google, está com uma missão difícil na tarde desta terça-feira (11). Ele foi convidado a prestar esclarecimentos sobre questões de viés ideológico no algoritmo do mecanismo de buscas. Apesar de dizer que não há programação que dê direcionamento na plataforma, questionado por um curioso e constrangedor caso em específico.

A pergunta veio de Zoe Lofgren, representante democrata da câmara que questionou Pichai pelo motivo que leva a busca por “idiota” na plataforma devolver imagens de Donald Trump, o que, segundo ela, justifica o viés do buscador.

Após uma pausa, o CEO da Google explicou o motivo. Segundo ele, o sistema busca pela palavra chave em uma base de dados que usa 200 sinais para classificar os resultados ligados àquela busca. “Quando você busca uma palavra-chave, como Google, nós rastreamos e armazenamos cópias de bilhões de páginas em nosso catálogo. Assim, nós pegamos a palavra-chave e comparamos com as páginas e as classificamos com base em mais de 200 indicadores — coisas como relevância, novidade, popularidade, e como outras pessoas estão usando isso. Com base nisso, em qualquer momento, tentamos classificar e encontrar o melhor resultado para aquela consulta. Então, confirmamos com avaliadores externos e eles confirmam com diretrizes objetivas. Dessa forma, temos certeza de que o processo está funcionando”, explicou.

A congressista ainda perguntou, de forma sarcástica, se havia alguém entregando aquele resultado. Até mesmo para isso, Pichai respondeu que seria até mesmo impossível humanamente fazer uma intervenção por conta da alta demanda de buscas diariamente na plataforma.

Continua após a publicidade

A história sobre a ligação entre a busca pela palavra idiota e o resultado começou no início do ano, quando veículos de mídia descobriram a associação. Atualmente, a busca mostra exatamente essas matérias.

Durante a audiência, vários congressistas apresentaram estudos e matérias realizados por grupos conservadores que teriam a capacidade de comprovar o viés político da plataforma. Pichai foi enfático em notar que nenhuma das publicações citadas pelos congressistas têm caráter científico e defendeu o sistema da empresa em que trabalha.

Os representantes também questionaram o CEO sobre o projeto Dragonfly, mecanismo de busca censurado para a China, além de levantar questões sobre como a Google lida com dados de seus usuários.

Fonte: The Verge