Wikileaks afirma que os EUA já têm uma acusação pronta contra Julian Assange
Por Fernanda Morales | 23 de Agosto de 2012 às 11h11
O Wikileaks teve acesso a documentos confidenciais dos Estados Unidos, que afirmariam que o governo já tem uma acusação pronta contra o fundador do site, Julian Assange. O grupo teria descoberto as intenções governamentais em janeiro deste ano depois de ter acesso aos e-mails de Fred Burton, presidente da empresa de espionagem Straffor.
De acordo com o Opera Mundi, em uma série de e-mails datados do dia 26 de janeiro, Burton afirma que o governo havia expedido uma ordem de prisão para Assange um mês antes, sob a acusação de práticas de espionagem.
Assange está na embaixada do Equador em Londres, Inglaterra, para evitar sua extraditação para a Suécia, onde é acusado de ter abusado sexualmente de duas mulheres. Com medo de ser enviado logo em seguida para os Estados Unidos, o ativista solicitou asilo político no país sul-americano, ao qual foi atendido na última semana.
Mesmo sustentando que as acusações de abuso sexual são infundadas, Julian Assange afirmou que pretende responder à justiça sueca se o governo local garantir que ele não será extraditado para os EUA.
O site ainda obteve documentos sigilosos onde o analista tático Sean Noonan afirma que o seu país tem se esforçado muito para colocar Assange atrás das grades. Além disso, um dos representantes da Straffor na China, Chris Farnham, revelou que é próximo de membros da família de uma das jovens que alegam terem sido abusadas por Assange e ele afirmou que essa acusação também é uma tática para que a Interpol (Polícia Internacional) consiga capturar o ativista.
"Questões de crimes sexuais raramente geram alertas especiais da Interpol", afirmou Noonan em uma mensagem eletrônica. "Não deixa dúvidas de que se tenta impedir a publicação dos documentos do governo pelo Wikileaks".
O site obteve acesso aos e-mails de Fred Burton, presidente da agência de espionagem Strafford