Microsoft está novamente sob investigação na Europa por prática de antitruste
Por Fernanda Morales | 17 de Julho de 2012 às 16h00
A Microsoft está sendo investigada mais uma vez por uma comissão antitruste da União Europeia sobre a falta de cumprimento de uma notificação de 2009, na qual a empresa deveria oferecer a seus usuários a opção de escolher qual navegador deveriam usar.
De acordo com o Mashable, a empresa deveria ter disponibilizado, nas mais de 28 milhões de unidades do Windows vendidas na região, a tela "browser choice screen" (BCS), garantindo assim que os usuários possam escolher entre usar o Internet Explorer ou seus concorrentes como, por exemplo, o Mozilla Firefox.
O software BCS não foi instalado nas cópias do Windows 7 distribuídas no continente
(Foto: Reprodução/Tech Week)
A decisão foi tomada depois de empresa ser acusada de monopolizar o uso de todos os seus serviços e não possibilitar a escolha dos seus usuários. Segundo a Reuters, nesta terça-feira, 17/7, uma comissão europeia percebeu que a BCS não está sendo utilizada e aplicada no sistema operacional da Microsoft. Com a descoberta, as investigações antitruste contra a empresa foram reabertas.
A empresa rapidamente afirmou que a página não estava sendo disponibilizada para os usuários e que tudo isso se deveu a um erro técnico que afetou as cópias do Windows 7 com o Service Pack 1 pré-instalado.
“Enquanto nós acreditávamos que o software BCS estava sendo distribuído quando apresentamos nosso relatório de conformidade mais recente, em dezembro de 2011, nós percebemos que não estávamos oferecendo o software para os aproximadamente 28 milhões de PCs rodando Windows 7 SP1”, afirmou a empresa em nota oficial. “Embora tenhamos tomado medidas imediatas para solucionar este problema, lamentamos profundamente que esse erro tenha ocorrido e pedimos desculpas por isso”.
Se confirmada a culpa da Microsoft, a empresa norte-americana deverá ser notificada e multada pela União Europeia. Em 2008, a companhia de Bill Gates foi penalizada em aproximadamente US$ 1,10 bilhão por outra investigação antitruste no continente.