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YouTube investiga sugestões de pesquisa relacionadas à pedofilia

Por| 27 de Novembro de 2017 às 13h15

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YouTube investiga sugestões de pesquisa relacionadas à pedofilia
YouTube investiga sugestões de pesquisa relacionadas à pedofilia
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O YouTube, mais uma vez, se encontra em meio a uma polêmica relacionada à forma como trata seu conteúdo. Na manhã desta segunda-feira (27) surgiram relatos sobre uma sugestão de pesquisa relacionada a conteúdo pedófilo na plataforma. Sempre que os usuários buscavam, em inglês, pelo termo “como fazer”, as duas primeiras opções faziam menção ao sexo com crianças ou os próprios filhos.

Levando em conta que buscas desse tipo, relacionadas a tutoriais ou guias dos mais diferentes tipos, é muito provável que elas tenham sido vistas por milhões de usuários falantes do inglês em todo o mundo antes de serem retiradas do ar. A Google se pronunciou sobre o assunto, afirmando que as sugestões estão sendo investigadas para que a empresa possa saber exatamente o que aconteceu.

De acordo com o Buzzfeed, um dos primeiros veículos da imprensa internacional a falar sobre o assunto, é possível que se trate de uma ação coordenada por pessoas que desejem minar a ferramenta de sugestões. Durante a madrugada, possivelmente, milhares de buscas relacionadas a termos desse tipo podem ter sido realizadas, levando o algoritmo do YouTube a reconhecer a busca como popular naquele momento, indicando-a a mais e mais gente.

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Um indício disso é o fato de que, horas antes da publicação do texto que falava sobre a existência da sugestão, alguns comentaristas de extrema direita começaram a falar no assunto. Alguns deles também vinham criticando o YouTube desde a última semana, acusando-o de minar o alcance e as visualizações de vídeos relacionados às suas opiniões políticas.

As publicações em redes sociais levaram a uma onda de ataques ao YouTube e, também, ao perfil de sua CEO, Susan Wojcicki. As ações foram potencializadas, em muito, pelas recentes descobertas de vídeos de abuso e violência contra crianças na plataforma, além das centenas de canais que usam personagens consagrados dos desenhos animados e os colocam em situações nada inocentes.

O YouTube vem sendo duramente criticado por sua iniciativa de desmonetização de conteúdo considerado impróprio. Acusado de agir única e exclusivamente de acordo com o interesse de seus anunciantes, a plataforma tem os dedos apontados para si devido ao fato de criadores famosos, muitos reconhecidos por suas opiniões políticas, terem seus ganhos reduzidos, enquanto situações como estas, afirmam os críticos, permanecem incólumes, com os donos de canais com conteúdo supostamente infantil, mas entregando exatamente o oposto, seguindo supostamente impunes.

O único comentário da plataforma relacionado à questão, entretanto, está ligado à investigação em si. O YouTube não deu mais detalhes sobre o que, exatamente, pode ter levado à sugestão ou se efetivamente é possível que um grande número de pessoas manipule os algoritmos desta maneira, como parece ser o caso agora.

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Fonte: Business Insider