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Operação da Polícia Civil investiga jogo da Baleia Azul

Por| 18 de Julho de 2017 às 12h34

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A Polícia Civil realizou, na manhã desta terça-feira (18), uma grande operação contra o jogo da Baleia Azul. As ações acontecem no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio Grande do Sul, Amazonas, Santa Catarina e Sergipe com o objetivo de coletar materiais e provas contra os responsáveis pelos desafios.

Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Matheus Silva, de 23 anos de idade, foi preso. Ele admitiu ser um dos “curadores” dos desafios da Baleia Azul, tendo influenciado 30 vítimas a realizarem atos de isolamento social e mutilação. A polícia, entretanto, afirma ter provas materiais sobre seu envolvimento em ações que envolvem 40 jovens, em sua maioria menores de 16 anos, o que levou ao pedido de prisão.

O restante da operação envolve mandados de busca e apreensão em endereços dos nove estados, em busca de computadores, smartphones e documentos que possam comprovar o envolvimento de outros organizadores dos desafios. Ao todo, as ações aconteceram em 20 cidades de todo o país, com 72 policiais envolvidos.

O jogo da Baleia Azul não é baseado em um site ou domínio próprio, acontecendo por meio de mensagens de texto trocadas entre os participantes em redes sociais ou aplicativos. Os curadores enviam desafios de dificuldade crescente para os envolvidos, que devem realizar as ações e comprová-las por meio de fotos. Os atos envolvem desde situações vexatórias até a realização de ferimentos ou marcas no próprio corpo, sendo que o 50º e último tem o suicídio como objetivo.

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De acordo com as autoridades, dezenas de casos já foram registrados por familiares. Em alguns deles, as vítimas eram ameaçadas pelos curadores ao tentarem deixar o jogo, com afirmações de que liberariam o conteúdo dos desafios já realizados para amigos e familiares. Assim, elas eram incentivadas a continuarem.

Apesar de bastante comentado desde o ano passado, a polícia afirma que a migração da Baleia Azul para as cidades brasileiras começou recentemente. O jogo surgiu na Rússia após notícias falsas publicadas na imprensa e acabou se tornando realidade pela ação dos curadores, normalmente mais velhos, e adolescentes em busca de aceitação, que acabam se submetendo à brincadeira macabra.

As principais vítimas, aqui, são jovens que possuem problemas de autoestima, relações familiares ruins ou indícios de depressão ou outros transtornos psicológicos. Eles, entretanto, não são os únicos afetados pela Baleia Azul, devido, justamente, ao componente já citado de necessidade de aceitação, um fator que pode atingir praticamente qualquer adolescente.

As autoridades recomendam aos pais que fiquem de olho nos filhos, controlando o uso de redes sociais e prestando atenção em qualquer comportamento estranho. Além disso, é importante conversar com eles sobre a situação em que se encontram e sobre o perigo da influência de estranhos, principalmente no caso de brincadeiras como estas. O mesmo vale para as escolas, que também devem colocar o assunto em pauta.

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Fonte: G1