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Necessita-se de mais fibra óptica

Por| 24 de Novembro de 2016 às 10h44

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O desenvolvimento das telecomunicações nas zonas de menor densidade populacional, de topografia irregular, de lugares de baixo poder aquisitivo depende em grande maioria da expansão de cobertura das redes sem fio. É por esta razão que um dos temas de política pública de maior discussão dos diferentes mercados da América Latina é o estabelecimento de medidas que incentivem o desenvolvimento de infraestrutura ou por meio da entrega de espectro radioelétrico a entidades comprometidas com a sua rápida exploração comercial.

Portanto, cada vez que alguém fala da importância de acelerar a chegada de serviços LTE ou da necessidade de suavizar o caminho para a 5G, sempre parece haver uma omissão: o papel da fibra óptica. Contrário às crenças de alguns, na grande maioria dos casos, a parte sem fio de uma operadora móvel limita-se à interface aérea, a parte da conexão que vai desde a antena até o dispositivo sem fio.

O resto da rede se mantém conectada pela infraestrutura cabeada (cobre, fibra óptica, etc.) que serve como ponte que habilita o intercâmbio de tráfego entre a antena e a rede dorsal nacional. Em termos de indústria este link é denominado como backhaul (sigla em inglês).

A evolução das tecnologias sem fio que tem transformado o comportamento comunicacional do usuário, antes focado em serviços de voz para a interação constante com um mundo audiovisual de alertas e notificações, do ponto de vista técnico, tem sido, entre suas consequências: o aumento das quantidades de dados gerados, as expectativas de seu rápido transporte nas quantidades de dados gerados, as expectativas de seu rápido transporte e a necessidade de uma latência menor para melhorar a experiência no uso de aplicativos interativos.

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Parte do problema pode ser resolvida com a aquisição de maior quantidade de espectro radioelétrico por parte dos prestadores de serviços estabelecidos e daqueles interessados em entrar no mercado. Mas também é certo que somente com a entrega de maior quantidade de espectro radioelétrico não se resolverá a situação. As redes avançadas de banda larga sem fio necessitam contar com uma conexão de backhaul robusta o suficiente para poder operar sem problemas.

Pensamos em uma conexão wifi onde o modem que se utiliza nas casas é um pouco velho e tem apenas capacidade de entregar até 20 Mbps de velocidade. Um dia, a operadora lança uma oferta e no lugar de receber 4 Mbps de velocidade o consumidor passa a receber 50 Mbps. No entanto, já que o modem wifi somente pode entregar 20, esta será a velocidade máxima que se experimentará até que se troque o aparelho por um que possa suportar os 50 Mbps. Ou seja, quando se deseja melhorar o serviço contratado tem que assegurar-se de que todos os componentes do ecossistema trabalhem para a perfeição com o novo ambiente e substituir aqueles aparelhos que não cumprem com este requisito.

Se voltarmos ao mundo das conexões sem fio de banda larga, a fibra óptica é um componente necessário para que as velocidades prometidas pela HSPA + e LTE sejam realidades. Isto pressupõe um problema importante em áreas não urbanas que podem não contar com acesso à fibra óptica por algumas das seguintes razões: não há fibra óptica desenvolvida nesta localidade, a que passa pelos municípios não se conecta com nenhum local ou simplesmente encontra-se desligada.

Neste contexto, sem um forte impulso ao desenvolvimento de fibra óptica os grandes projetos que buscam integração das tecnologias da informação e comunicação (TIC) nas diferentes faces da economia tornam-se apenas um gesto de boa vontade.