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Mozilla critica modelo do Google para restringir acesso de sites a dados

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 14 de Outubro de 2021 às 11h00

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StockCatalog/VisualHunt
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O gerente de tecnologia da Mozilla, Eric Rescorla, levantou uma série de preocupações sobre a proposta do Google de inserir um "orçamento de privacidade" para restringir técnicas de fingerprinting na web. Essa ideia da criadora do maior buscador do mundo teria como foco limitar a quantidade de informações solicitadas por sites e até bloquear o acesso a mais detalhes quando um certo limite for atingindo.

Embora pareça ser uma ideia que possa ajudar a dar mais privacidade, o especialista disse ter feito uma análise com problemas sua a praticidade da medida, como a dificuldade em estimar corretamente quantas informações foram vazadas. Um documento técnico bem detalhada com 11 páginas foi publicado pela Mozilla no qual são levantadas as potenciais falhas do modelo, como a fórmula para cálculo, o acesso a dados e a metodologia de estimativa de conteúdos.

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Uma das dificuldades seria a identificação de quais informações foram usadas e que o modelo poderia levar a falhas na exibição de sites não adaptados. Outro temor seria que o próprio modelo de "orçamento de privacidade" fosse empregado para impedir o acesso dos outros, mas que permitisse ao próprio Google acessar tudo de forma livre, o que ampliaria ainda mais o poder da companhia.

Privacidade no centro das atenções

Desde o lançamento da Privacy Sandbox, em 2019, que a gigante tenta emplacar novos padrões de segurança para sites, no intuito de oferecer uma experiência mais personalizada sem prejudicar a privacidade do usuário. Os FLoC foram uma tentativa que não emplacou até agora justamente por causa do potencial risco de aumento do fingerprinting, técnica invasiva que possibilita identificar pessoas por meio de "pistas" que ela deixa durante a navegação.

Obviamente que o Google jamais produziria uma solução para matar uma das suas principais fontes de renda: a publicidade na internet, razão pela qual o mercado olha com muita atenção para qualquer movimentação nesse sentido. Será possível entregar propagandas eficientes sem invadir a privacidade das pessoas, como os sites que acessa, o navegador usado, as informações do sistema operacional e a sua localização precisa?

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A Mozilla não é a única desenvolvedora preocupada com a proposta do Google, mas também a Brave já manifestou sua objeção à ideia, conforme o site The Register. Segundo um declarou um porta-voz do Google ao The Register, a ideia era justamente contar com o processo colaborativo de outras empresas na construção do modelo. "Agradecemos o envolvimento da Mozilla em todo este processo, pois todos trabalhamos para construir uma web mais privada, sem cookies de terceiros e outras formas de rastreamento invasivo", finalizou.

Fonte: Mozilla, The Register