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Limite de internet: para usuários de redes sociais, o que muda?

Por| 22 de Abril de 2016 às 08h50

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Limite de internet: para usuários de redes sociais, o que muda?
Limite de internet: para usuários de redes sociais, o que muda?

Muito tem se falado sobre os limites de franquia em pacotes de internet fixa, e as informações sobre o assunto no momento são desencontradas e inconclusivas.

Por um lado, a Anatel acredita que essa restrição no consumo de dados pode ser uma coisa boa, que os usuários foram mal-acostumados e que o modelo de negócio de internet ilimitada não é sustentável. Quem faz coro favorável a esse posicionamento são as empresas de telefonia, principalmente a Vivo, que alega que a limitação de consumo de internet é uma medida benéfica aos consumidores e que garantirá um uso mais igualitário a todos. Quem utiliza mais a internet, paga um valor mais alto e vice-versa.

Por outro lado, o Ministério Público se opõe à medida e pede para a Anatel trabalhar visando o bem-estar dos consumidores e não das empresas de telecom. O Ministro das Comunicações também é contra a ideia e afirma que o Ministério está trabalhando para que os contratos em vigência entre clientes e operadoras sejam respeitados.

Mas e para você que gosta de checar ocasionalmente seu perfil em redes sociais, responder e-mails ou acessar sites de notícias e comportamento? Esse limite de internet é algo necessariamente ruim?

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Na realidade, tudo depende. Se você não é um heavy user de internet, então a proposta de pacote com poucos dados pode se adequar ao seu perfil. Na prática, a limitação funcionará do mesmo modo que já acontece com a internet em dispositivos móveis. Você compra um pacote, utiliza-o durante um período de 30 dias e uma vez que os dados acabem, apenas no próximo mês você terá acesso à internet novamente.

Um dos argumentos utilizados pelas operadoras para justificar as mudanças é que, embora haja perfis diferentes de consumidores utilizando muito e pouco os serviços de banda larga fixa, todos acabam pagando como se fossem usuários que consomem muitos dados. A limitação seria uma forma de resolver esse problema.

De qualquer forma, grande parte da sociedade considera um absurdo a possibilidade da restrição. Um dos abaixo-assinados contra a medida já passou de um milhão de assinaturas. Posts com montagens condenando a resolução das operadoras também são facilmente encontrados na timeline do Facebook. A rede social tem até mesmo uma página contra a ideia, Movimento Internet Sem Limites, que até o momento reúne quase 500 mil usuários.

Futuro desfavorável?

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Se a limitação de pacotes de internet vier à tona, os únicos beneficiados de imediato serão os usuários casuais de internet. Quem utiliza a internet para checar redes sociais de vez em quando, ver algum vídeo ocasionalmente, enviar e-mails, entre outros, poderá tirar algo de bom disso tudo, já que, teoricamente, irá pagar um valor menor pela utilização da internet.

Mas se você é daqueles que acompanham as transmissões ao vivo no Facebook, posta várias fotos e vídeos nas redes sociais, acompanha todos os conteúdos postados por lá e assiste muito a Netflix, a limitação pode ser um mal negócio, uma vez que os valores pagos para continuar utilizando essa mesma quantidade de dados pode ser bem superior à quantia que você paga atualmente. Além disso, com a limitação, você pode ficar sem internet na metade do mês, o que torna a utilização de apps de streaming de vídeo muito mais complicada pelo alto uso de dados do serviço.

Agora, a Anatel pediu que as operadoras que forem adotar o modelo de franquia levem à agência um plano de comunicação com o modo como as franquias funcionarão. Caso o plano seja aprovado, somente após 90 dias as operadoras poderão colocar o modelo de franquia em prática. É esperar para ver.