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GitHub fecha site que leiloava mulheres muçulmanas online sem consentimento

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 12 de Julho de 2021 às 09h10

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Reprodução/rawpixel.com
Reprodução/rawpixel.com

A plataforma de hospedagem de código-fonte GitHub tirou do ar um site que comercializava mulheres como se fossem objetos. A página estava no ar desde domingo e tinha o nome de Sulli Deals, uma expressão depreciativa usada para se referir a muçulmanas.

No total, foram encontradas fotos de mais de 90 mulheres de descendência árabe. Ainda não se tem informações sobre quem produziu ou colocou a página online. O que se sabe é que ficou ativo por 20 dias antes da remoção definitiva, no começo desta semana.

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Dentre as “leiloadas” estavam artistas, pesquisadores, jornalistas e estudantes, todas ativas nas redes sociais e perseguidas por falarem o que pensam. As mulheres foram surpreendidas ao ter seus documentos, fotos e nomes expostos sem consentimento, ao lado de títulos depreciativos e objetivantes. Em razão disso, parece se tratar de um atentado contra a honra dessas pessoas, como forma de intimidação.

O GitHub declarou, por meio de comunicado, que proíbe a difusão de conteúdo discriminatório e com discuso de ódio. Segundo a página, eles lutam para combater condutas envolvendo “assédio, discriminação e incitação à violência”. Tão logo que teve conhecimento, foi feita uma investigação e decidido pela remoção por conta da violação das políticas.

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Este não é o primeiro caso de comércio online de mulheres muçulmanas neste ano. Em maio, um canal do YouTube chamado Liberal Doge fez uma transmissão ao vivo em que mostrava fotos de muçulmanas e avaliava cada uma, como em um leilão.

O dono do canal, Ritesh Jha, é velho conhecido das autoridades porque também já comandou outros canais similares, além de grupos no Telegram que espalham conteúdo de ódio. Até o momento, ele não foi punido e pode ser um dos principais suspeitos do caso envolvendo o GitHub, segundo o site The Next Web.

Fonte: The Next Web