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GitHub fecha site que leiloava mulheres muçulmanas online sem consentimento
A plataforma de hospedagem de código-fonte GitHub tirou do ar um site que comercializava mulheres como se fossem objetos. A página estava no ar desde domingo e tinha o nome de Sulli Deals, uma expressão depreciativa usada para se referir a muçulmanas.
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No total, foram encontradas fotos de mais de 90 mulheres de descendência árabe. Ainda não se tem informações sobre quem produziu ou colocou a página online. O que se sabe é que ficou ativo por 20 dias antes da remoção definitiva, no começo desta semana.

Dentre as “leiloadas” estavam artistas, pesquisadores, jornalistas e estudantes, todas ativas nas redes sociais e perseguidas por falarem o que pensam. As mulheres foram surpreendidas ao ter seus documentos, fotos e nomes expostos sem consentimento, ao lado de títulos depreciativos e objetivantes. Em razão disso, parece se tratar de um atentado contra a honra dessas pessoas, como forma de intimidação.
O GitHub declarou, por meio de comunicado, que proíbe a difusão de conteúdo discriminatório e com discuso de ódio. Segundo a página, eles lutam para combater condutas envolvendo “assédio, discriminação e incitação à violência”. Tão logo que teve conhecimento, foi feita uma investigação e decidido pela remoção por conta da violação das políticas.
Didn't check Twitter last night. Woke up this morning to realise my name, along with those of many other Muslim women was up on GitHub as a list of "Sulli Deals". Thankfully by the time I came across it, it had been taken down. But just the screenshots sent shivers down my spine. pic.twitter.com/CGXivEyjyC
— Fatima Khan (@khanthefatima) July 5, 2021
Este não é o primeiro caso de comércio online de mulheres muçulmanas neste ano. Em maio, um canal do YouTube chamado Liberal Doge fez uma transmissão ao vivo em que mostrava fotos de muçulmanas e avaliava cada uma, como em um leilão.
O dono do canal, Ritesh Jha, é velho conhecido das autoridades porque também já comandou outros canais similares, além de grupos no Telegram que espalham conteúdo de ódio. Até o momento, ele não foi punido e pode ser um dos principais suspeitos do caso envolvendo o GitHub, segundo o site The Next Web.
Fonte: The Next Web
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