Fundador do PayPal doa US$ 1,2 mi para Trump e serviço sofre as consequências

Já dizia o velho sábio que misturar política com negócios nunca foi uma boa ideia. E agora, Peter Thiel, fundador do PayPal, está sentindo na pele as consequências de ter doado uma quantia gorda à campanha de Donald Trump, candidato à presidência dos Estados Unidos. Vários internautas se revoltaram e iniciaram uma onda de boicotes ao serviço, começando pelas redes sociais.

Antes, vale lembrar que Thiel fundou a plataforma, mas hoje em dia não tem mais nenhuma ligação com ela. Atuando como investidor na indústria da tecnologia, o bilionário resolveu apoiar a campanha de Trump com uma doação de US$ 1,25 milhões, sendo um dos raros executivos do Vale do Silício a concordarem com as propostas do candidato. Porém, infelizmente, os internautas levaram a doação de Peter muito a sério e acabaram por prejudicar o serviço, que nada tem a ver com o caso.

A onda de boicotes começou assim que a notícia se espalhou pela mídia. Pelo Twitter, usuários criaram a hashtag #BoycottPayPal (boicote ao PayPal) e postaram frases de efeito, enquanto outros fizeram questão de lembrar que a plataforma não pertence mais ao executivo desde 2002 e que agora ela é de capital aberto, chamando toda essa confusão de "bagunça".

PayPal cofounder, Peter Thiel, is donating $1.25 million to Donald Trump's campaign. I guess It's time we all #BoycottPayPal. #NeverTrump — Vince Ribeiro (@VinzRibeiro) 17 de outubro de 2016

IF YALL DON'T GET OUT MY MENTIONS WITH YOUR #BOYCOTTPAYPAL MESS. He doesn't own that company. Hasn't since 2002. It's publicly traded now. — Awesomely Luvvie (@Luvvie) 17 de outubro de 2016

Inclusive, o executivo vendeu a maior parte de suas ações no PayPal, ficando agora mais atuante no conselho do Facebook do que na plataforma que criou. Na rede social, ele possui US$ 40 milhões em ações. Fora isso, Thiel é cofundador do Palantir, uma companhia multibilionária de análise de dados que trabalha para o exército americano.

Toda a confusão ainda está dando o que falar no Twitter, principalmente porque, dos líderes da indústria de tecnologia, poucos são os que apoiam Donald Trump e as propostas republicanas. O Vale do Silício é conhecido por seus ideais democratas, aliás. Mas, no final das contas, quem paga o pato não participou ativamente de disputa política alguma e entrou de graça para o olho do furacão.

Via Telegraph