Ex-administrador do Silk Road pode pegar 20 anos de cadeia

Um dos sites mais conhecidos da Deep Web, o marketplace para aquisição de drogas e atividades criminais Silk Road já não existe mais, mas os responsáveis pela sua manutenção ainda estão indo e vindo nos corredores de tribunais judiciais. Segundo informações do ArsTechnica, um irlandês chamado Gary Davis, que respondia online pelo apelido “Libertas”, está perto de pegar 20 anos de cadeia por suas atividades como um dos administradores do site.

Davis, durante vários meses do ano de 2013, atuou como moderador pago do canal, e, posteriormente, viria a tornar-se um de seus admins. Na última sexta-feira (5), ele declarou-se culpado da acusação de “conspiração para a distribuição de narcóticos”, o que, segundo a lei norte-americana do Estado de Nova York (onde tramita a ação), leva à pena máxima de 20 anos de reclusão. Ainda não se sabe se ela será totalmente aplicada ao caso de Davis, cuja condenação deve sair em definitivo em 17 de janeiro de 2019.

O objetivo de Davis, com isso, era evitar a extradição de seu país de origem para os EUA. Ele, que é um cidadão irlandês, alegava que sofreria “tratamento desumano” em uma prisão americana. Não funcionou. Em um comunicado, o promotor de Manhattan, Geoffrey S. Berman, disse:

“O Silk Road era um marketplace online secreto para a compra de drogas ilegais, serviços de hackers e toda a sorte de atividades criminais. Conforme ele próprio admitiu hoje [sexta-feira, 5], Gary Davis agiu como um administrador que ajudava na condução diária deste site. A sua prisão, extradição da Irlanda e condenação aqui devem mandar uma mensagem clara: o suposto anonimato da dark web não é um escudo protetor contra os processos legais”.

O fundador do Silk Road, Ross Ulbricht, foi condenado em 2015 por criar e gerenciar o Silk Road. Ele atualmente serve, nos EUA, uma pena dupla de prisão perpétua. Uma audiência de apelação foi pedida por ele, mas a Suprema Corte negou ouvi-lo.

Fonte: ArsTechnica