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De olho na gameficação, Swarm retorna às origens do Foursquare

Por| 08 de Setembro de 2015 às 09h07

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Reprodução/The Verge
Reprodução/The Verge
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No final de agosto, o aplicativo de compartilhamento de geolocalização Swarm anunciou sua nova versão 3.0, marcando um retorno definitivo às origens de gameficação do antigo Foursquare. Dos conhecidos "stickers", às prefeituras e à disputa semanal entre amigos para ver quem acumula mais pontos em check-ins, todas interações foram reintroduzidas durante os últimos meses ao app, junto com algumas novidades que o afastaram um pouco da ideia original de ser somente um app de utilidade social e o colocaram no caminho de uma experiência de jogo.

Quando o Swarm deu as caras pela primeira vez, durante a divisão do Foursquare em dois apps, em maio do ano passado, o serviço herdou uma das principais características do Foursquare: o check-in. À época, a empresa afirmou que o Swarm seria voltado para descobrir quando seus amigos estivessem próximos de você. Do outro lado, o Foursquare manteve a característica de ser um app para descoberta e recomendações de estabelecimentos ao redor do usuário, como restaurantes, bares e lojas.

Quando a separação ocorreu, no entanto, o Foursquare retirou quase todos os elementos lúdicos do Swarm, argumentando que eles nunca teriam sido o foco da plataforma, mas sim uma forma de ensinar aos usuários o conceito de check-in. Para os usuários, no entanto, remover algumas das características-chave do app não pareceu uma ideia tão legal e diversas reclamações foram direcionadas à companhia sediada em Nova York.

"Eles eram um processo para deixar as pessoas confortáveis com a ideia de fazer um check-in e nunca imaginamos que o jogo decolaria dessa forma", explicou em entrevista ao Canaltech o diretor global dos produtos Swarm e Foursquare, Johnatan Crowley. "A razão para reintroduzir isso é porque a comunidade foi muito vocal em nos dizer o quanto sentiu falta dessas funções".

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De acordo com o executivo, a empresa demorou um ano inteiro para trazer as funções de volta porque quis primeiro focar na tecnologia por trás do app. Com o feedback dos usuários, o próximo passo foi começar a repensar os jogos originais do Foursquare de uma forma que se encaixassem na nova plataforma. "Quando você está reconstruindo esses jogos, é um processo longo. Nós passamos muito tempo olhando para as funções originais e notando o que funcionava e o que não funcionava", disse Crowley.

Uma dessas mudanças, por exemplo, está no leaderboard do app: antes, a disputa por quem fazia mais check-ins era constante, mas agora o ranking de usuários é resetado todo domingo, quando os usuários voltam à estaca zero e começam a disputa pela liderança no mesmo nível.

Outra atualização é a substituição dos antigos pontos por "moedas". Para cada lugar novo, check-in inusitado, check-ins contínuos ou com amigos, diferentes quantidades de moedas serão ganhas pelo usuário, o que o fará subir de posição na disputa semanal, além de acumular suas moedas virtuais no perfil.

O formato de moedas, inclusive, é proposital: por enquanto elas são utilizadas apenas para a competição semanal no ranking de usuários, mas o plano é que em breve elas possam ser utilizadas para aquisições dentro do app. "Obviamente, com moedas você pode comprar algo", comentou Crowley. "Mas isso é algo que ainda estamos trabalhando, mas deveremos ter novidades em breve. O que eu posso dizer é que a primeira versão será de coisas virtuais que você poderá comprar no app".

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A introdução da nova dinâmica das moedas pode ser um passo importante para o Swarm tentar aumentar sua relevância global, já que, apesar da base fiel de usuários, o app conta com uma comunidade de pouco mais de 55 milhões de usuários. O Brasil, aliás, é hoje um dos mercados de crescimento mais rápido para o Swarm no mundo, ao lado da Turquia - o que pode até motivar mais conteúdo local para o aplicativo.