Anatel acredita que franquia de dados para internet fixa pode ser benéfica
Por William Nascimento | 20 de Fevereiro de 2016 às 09h10
O superintendente de competição da Anatel, Carlos Baigorri, acredita que a adoção do sistema de franquia de dados nas conexões fixas é algo Positivo para quem consome menos. Além disso, a limitação de tráfego de dados já era algo esperado no mercado, segundo ele. As declarações de Baigorri acontecem após a segunda maior ofertante de banda larga fixa do Brasil, a Telefônica, anunciar que vai adotar franquia de downloads na internet fixa.
Com isso, os três maiores grupos, que juntos compreendem 85% das conexões de banda larga do país passam a adotar essas medidas em seus novos contratos. “Não existe um único consumidor, então para quem está abaixo da média, consome menos, o limite é melhor. E pior para quem consome muito”, justificou o superintendente da Anatel. Baigorri já apontara esse movimento quando a discussão de franquia de dados ainda estava restrita aos acessos móveis.
A grande questão por trás da medida é a possibilidade de escassez para muitos consumidores. Em redes móveis, que dependem de espectro radioelétrico, a franquia de dados pode fazer sentido. Mas, nas redes fixas, onde a fibra óptica está em expansão, a medida não parece ser a mais correta. Se a adoção de franquia de dados em redes fixas for realmente implementada, muitos consumidores podem sofrer com o esgotamento da franquia em redes com alta velocidade.
A Telmex, operadora mexicana que gere NET, Embratel e Claro já incluía franquia de dados de até 500 GB. O grupo Oi também já adotou a franquia máxima de 130 GB, o mesmo que a Telefônica anunciou. Com a mudança da companhia espanhola, a GVT, comprada pela Telefônica no ano passado, também deverá acabar com sua principal oferta sem franquia.
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Fonte: Convergência Digital