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Adobe diz que sabe como acabar com o compartilhamento de senhas da Netflix

Por| Editado por Claudio Yuge | 15 de Setembro de 2022 às 19h20

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yousafbhutta, Pixabay
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Em um momento em que é difícil saber em qual serviço de streaming um determinado filme ou série está (isso quando o conteúdo está em algum serviço), além de uma profusão de serviços, o compartilhamento de senhas tem se tornado cada vez mais comum. Porém, as empresas do setor, capitaneadas pela Netflix, buscam mecanismos para acabar com a prática.

Uma empresa que propôs uma solução para esse impasse foi a Adobe, que promete criar ferramentas, apoiadas por um monitoramento intenso do comportamento dos clientes. Segundo a criadora do PDF, cerca de 46 milhões de pessoas usam serviços de streaming com credenciais de terceiros — isso só nos Estados Unidos.

Netflix é quem mais perde com compartilhamento de senhas

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A Adobe defende que a Netflix é a empresa que mais perde com o compartilhamento de senhas, com prejuízos que podem chegar a US$ 9 bilhões (cerca de R$ 45 bilhões) por ano. Isso seria três vezes maior que as perdas do Disney+, o principal rival da empresa de Reed Hastings neste mercado.

Entre as opções propostas pela Adobe estão a solicitação de informações de login por repetidas vezes, aplicação de políticas de limitação de dispositivos, incluindo a retirada de um dispositivo antigo quando acontecer o login em um novo. Outra opção é a autenticação de dois fatores, com o envio de um código por e-mail ou SMS.

Como não irritar o cliente com essa medida?

Porém, há o temor de que essas opções possam irritar não só quem usa a conta sem pagar, mas o dono do perfil também. Por isso, a Adobe acredita em uma estratégia orientada a dados que seja projetada para “medir, gerenciar e monetizar” o compartilhamento de senhas. Portanto, modelos de aprendizado de máquina podem ser úteis para extrair padrões comportamentais.

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Uma ferramenta que usa esse tipo de abordagem é o Account IQ, que conta com uma camada de inteligência artificial da Adobe Experience Platform. Em teoria, com o uso desse mecanismo, a empresa saberia mais sobre uma conta de streaming do que seus próprios usuários, sendo capaz de prever o curso de ação correto para reduzir ou monetizar o compartilhamento de senhas sem incomodar o titular da conta.

O passo seguinte da Adobe

A Adobe pretende monitorar um número de clientes em um nível de detalhe tão grande, que espera coletar dados sobre o número de dispositivos em uso, quantos estão ativos e a localização de todos eles. Isso levará à construção da 'probabilidade de compartilhamento', uma classificação de padrão de uso que deve identificar, familiares e amigos, e até mesmo a existência de uma segunda casa.

O passo seguinte é a criação de aviso de “compartilhamento excessivo” na tela do painel, que pode render punições aos usuários. Em seguida, os serviços poderão identificar as contas responsáveis ​​e começar a preparar sua resposta para a mudança de comportamentos. Monetizando os que se recusam a pagar a mais, e descartando os que se recusaram a tal.

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Fonte: Torrent Freak