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“A Netflix não inventou o termo ‘flix’”, afirma CEO da Brasileirinhas

Por| 09 de Maio de 2017 às 14h32

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“A Netflix não inventou o termo ‘flix’”, afirma CEO da Brasileirinhas
“A Netflix não inventou o termo ‘flix’”, afirma CEO da Brasileirinhas
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O recebimento de uma notificação judicial por um dos maiores nomes do streaming mundial, a Netflix, não amedrontou a produtora nacional Brasileirinhas, que revelou que vai adiante com o projeto de lançar o SexFlix. De acordo com o CEO da empresa, Clayton Nunes, a ameaça de processo não deve alterar os planos de lançamento da plataforma.

Na última semana, a companhia de filmes pornográficos revelou o lançamento de um serviço de streaming próprio, que vai permitir o acesso irrestrito não apenas a conteúdo proprietário, mas também de outras produtoras, por R$ 29,90 ao mês. O sugestivo nome de SexFlix, entretanto, chamou a atenção da Netflix, que enviou à companhia uma notificação alegando possível plágio e uma quebra nos direitos autorais da companhia.

Além do nome da plataforma, a Netflix levanta questões também sobre o logo do serviço. Na notificação enviada à Brasileirinhas, afirma que esse tipo de utilização de suas propriedades registradas, além de representar uma violação de propriedade intelectual, também pode ser danoso à reputação da marca, devido à associação com um serviço de conteúdo adulto.

Apesar do alerta, a Brasileirinhas decidiu seguir em frente, mesmo com a possibilidade de um processo. Segundo Nunes, a orientação do departamento jurídico da companhia é de que “a Netflix não inventou o termo ‘flix’, que é uma gíria inglesa para filmes”. Ele, porém, não entrou em mais detalhes sobre o assunto.

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Na notificação, a Netflix solicitava que a Brasileirinhas retirasse do ar o site oficial do SexFlix e todas as divulgações relacionadas até a última sexta-feira (5), algo que não aconteceu. De acordo com Nunes, os trabalhos para lançamento da plataforma continuam caminhando dentro do cronograma e não há dúvidas de que ele será finalizado. Ele não espera nenhum tipo de repercussão, positiva ou negativa, como reflexo da disputa com a empresa de streaming.

O CEO afirma que o SexFlix chega para atender a um segmento de mercado carente por conteúdo de qualidade, e a empresa tem um exemplo disso dentro de sua própria estrutura. Hoje, são 20 mil assinantes entre o site oficial da produtora, que disponibiliza seu acervo de filmes na íntegra por streaming, e o reality show “A Casa das Brasileirinhas”, com conteúdo ao vivo, interação com espectadores e até convite a assinantes para visitarem o local.

Tais fatores também são os diferenciais para enfrentar a forte concorrência dos sites gratuitos, tão populares na internet. “A grande maioria [desses vídeos] são amadores vazados, filmados de qualquer jeito e sem autorização dos envolvidos. Às vezes, até com menores de idade. O que a gente propõe é um trabalho profissional, até com filmes em 4K, para um público exigente”, conta Nunes.

Além disso, a Brasileirinhas está abrindo as portas para outras produtoras, que também poderão hospedar conteúdo no SexFlix e receberem por isso. O CEO explica que o modelo de remuneração será semelhante ao do YouTube, com pagamentos sendo feitos de acordo com o total de visualizações recebidos pelos clipes.

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Apesar de nunca ter falado diretamente sobre o assunto, a Netflix é reconhecida por se recusar a trazer produções adultas ao seu catálogo – apesar de contar com alguns filmes e séries com fortes cenas de nudez e sexo, como é o caso de “Ninfomaníaca”, de Lars von Trier, e “Azul é a Cor Mais Quente”, que não está mais disponível. Tais exemplos, entretanto, passam longe de serem considerados pornográficos.

Até o fechamento desta reportagem, a Netflix não havia respondido aos contatos do Canaltech. A empresa não se pronunciou oficialmente sobre a notificação enviada à Brasileirinhas nem atendeu aos pedidos de entrevistas sobre o caso.