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Uber estaria contratando pesquisador para 'atacar indústria de táxis'

Por| 21 de Novembro de 2014 às 12h28

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Uma nova informação veio para adicionar ainda mais gasolina à fogueira da polêmica que envolve o Uber e suas práticas agressivas de atuação. O BuzzFeed, que tem sido responsável pela publicação de boa parte das acusações contra o serviço, afirma agora ter tido acesso a um anúncio de emprego confidencial que procura um pesquisador para “atacar a indústria de táxis”.

Não é novidade para ninguém que o mercado de transporte atual é contra o Uber. Mas esta é a primeira vez em que surgem indícios de que a companhia estaria batendo de volta, já que ela estaria procurando alguém para realizar lobby e descobrir sujeira sobre políticos, dirigentes de organizações, sindicalistas e todos aqueles que estariam envolvidos no combate contra a plataforma.

Como parte da candidatura ao emprego, o interessado deve apresentar um plano de seis meses detalhando como seriam feitos as pesquisas e o combate aos órgãos que tentam derrubar o app. Nas palavras do próprio Uber, conforme citado pelo veículo, a ideia é “transformar em arma os fatos” sobre os envolvidos e disseminá-los para uma resposta rápida, fazendo com que o serviço parecesse inocente, enquanto seus acusadores saem como os malvados.

É uma prática comum de mercado, o que não a torna menos negativa. De acordo com informações recentes, atuações desse tipo parecem ser uma política incentivada dentro da empresa que, segundo relatos de diversas fontes, não teria limites na perseguição a adversários como jornalistas e críticos, chegando até mesmo a espioná-los e persegui-los.

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As novas acusações chegam para se unir a supostas declarações de Emil Michael, um dos principais executivos da companhia, que teria dito a jornalistas durante uma festa que o Uber realmente tinha a ideia de contratar pesquisadores para lidar com a “oposição” na imprensa e no mercado. Agora, parece que tal iniciativa é realmente verdadeira.

Além disso, as novas informações se juntam também a acusações sobre abuso a passageiras do sexo feminino e um suposto descaso com as informações de geolocalização e privacidade dos usuários do serviço, ambos casos em que o Uber não teria tomado atitude nenhuma. A jornalista Sarah Lacy, do site Pando, também acusa o serviço de liderar uma cruzada contra ela e sua família, tendo como alvo, inclusive, seus dois filhos pequenos.

O Uber ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. No Brasil, o serviço está disponível nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, onde enfrenta forte oposição de cooperativas de táxi e outros serviços privados de transporte.