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Steve Ballmer deixa por completo a Microsoft para se dedicar a time de basquete

Por| 19 de Agosto de 2014 às 18h07

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Steve Ballmer, ex-CEO da Microsoft, anunciou na tarde desta terça-feira (19) que irá se desligar por completo da empresa que ajudou a construir. Desde que anunciou sua saída do cargo de presidente-executivo da companhia em agosto de 2013, Ballmer ainda integrava o conselho administrativo da entidade, contrato que iria até novembro deste ano, mas que decidiu abandoná-lo a partir de hoje.

Em carta enviada ao atual CEO, Satya Nadella, Ballmer disse que se sente orgulhoso por ter feito parte da história da Microsoft, e que está animado com o futuro da companhia agora sob a liderança de Nadella. "Existem desafios maiores pela frente, mas as oportunidades são ainda maiores. Nenhuma empresa no mundo tem o conjunto de habilidades de software, capacidades na nuvem e as vantagens de hardware que conseguimos reunir. Isso é o que chamamos de talento" comentou o executivo.

Nadella respondeu à carta de Ballmer agradecendo todo o empenho e dedicação do ex-CEO nos últimos 34 anos na Microsoft. "Foi um grande privilégio ter trabalhado e aprender com você. Sob sua liderança, criamos uma fundação incrível que continuaremos a construir (...). Embora suas ideias e liderança façam falta, como parte do conselho, eu entendo e apoio sua decisão", disse.

Apesar de não integrar mais a equipe de funcionários da Microsoft, Ballmer planeja manter suas ações individuais da empresa – ele é o segundo maior acionista da corporação, atrás apenas de Bill Gates. Por isso, Ballmer não deve se despedir completamente da companhia por alguns anos, já que ajudará na tomada de decisões sobre novos produtos e serviços que estão por vir.

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A partir de agora, o executivo se dedicará unicamente ao seu novo cargo de dono do time de basquete LA Clippers, do qual se tornou dono oficialmente na semana passada. O empresário pagou US$ 2 bilhões pela equipe.

"Eu sangro Microsoft – faço isso há 34 anos e sempre continuarei fazendo. Continuo amando e discutindo o futuro da empresa. Adoro experimentar novos produtos e o feedback [dos funcionários e consumidores]. Adoro ler sobre o que está acontecendo na empresa. Conte comigo para manter ideias e projetos internos. A empresa vai alcançar patamares mais altos. Ficarei orgulhoso, e vou ajudar a companhia por meio da minha participação acionária. Me comprometo a apoiar e incentivar a ousadia de gestão em meu papel como acionista de qualquer maneira que eu puder", despediu-se o executivo.

Trajetória na Microsoft

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Steve Ballmer iniciou sua trajetória na Microsoft nos anos 1980, cinco anos depois da corporação ser fundada, em 1975, e assumiu o posto de CEO da companhia em 2000, quando Bill Gates decidiu deixar o cargo e concentrar suas atenções e esforços em sua fundação. O executivo ficou bastante conhecido por suas apresentações sempre repletas de bom humor e entusiasmo, bem como por alguns comentários polêmicos, como um envolvendo uma crítica ao iPhone, em 2007.

Apesar dos erros, no geral, Ballmer trouxe bons frutos para a Microsoft. Durante sua gestão, a companhia lançou produtos como o buscador Bing, o console Xbox e o sensor de movimentos Kinect, adquiriu o Skype, desenvolveu a plataforma móvel Windows Phone e novas versões do Windows, e mais recentemente comprou a divisão de celulares da Nokia. O executivo foi bastante elogiado pelo sucesso do Xbox e do Office 365, além das vendas estrondosas do Windows XP, mas também foi criticado pelos acionistas pelas fracas vendas iniciais do Windows 7 e por uma queda de 2% nas vendas da divisão Windows e Windows Live.

O aumento da demanda por smartphones e tablets no mercado mundial comprometeu os rendimentos da Microsoft no mercado de PCs nos últimos anos. Em 2012, a empresa lançou o Windows 8 em uma tentativa de fazer uma ponte entre os computadores pessoais e os aparelhos touchscreen, no entanto, o SO não foi recebido tão bem no mercado mundial, e não conseguiu reanimar a indústria de PCs. Junto com o Windows 8, a companhia lançou seu primeiro dispositivo de hardware com os tablets Surface, mas o desempenho comercial da plataforma também ficou muito abaixo do esperado.