Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Quer monetizar seus vídeos no YouTube? O Google te dá as dicas

Por| 17 de Setembro de 2014 às 17h34

Link copiado!

Quer monetizar seus vídeos no YouTube? O Google te dá as dicas
Quer monetizar seus vídeos no YouTube? O Google te dá as dicas
Tudo sobre YouTube

O Google promoveu na noite desta terça-feira (16), em seu escritório em São Paulo, mais uma edição do seu workshop para youtubers brasileiros, o Creator's Day YouTube. No evento, a empresa passou algumas dicas simples, mas valiosas, para criadores de conteúdo que estão querendo monetizar os vídeos que colocam no site, aproximando o conteúdo de marcas para a promoção dos chamados brand contents.

É verdade que começar não é um caminho fácil. O Brasil está entre os países que mais utilizam o YouTube no mundo e, segundo dados do Google, a plataforma hoje recebe cerca de 100 horas de conteúdo novo por minuto – todos os dias.

Mas apesar da concorrência ser pesada, o público que acessa o site também é vasto. De acordo o Google, o YouTube registra hoje 63 milhões de visitantes únicos no Brasil – 90% dos usuários do país que visualizam vídeos na internet passam por lá. E a busca por vídeos nacionais também é grande: cerca de 70% do conteúdo consumido. Números que, convenhamos, garantem que praticamente todo canal tenha uma chance de encontrar algum público.

Além disso, desde 2012, o YouTube também passou a buscar ativamente os canais de maior destaque da plataforma em diferentes áreas, dando suporte para parcerias e projetos especiais de conteúdo que estimulassem o engajamento de mais usuários e espectadores dentro do site. "As marcas já estão vendo, e a gente está se esforçando para isso. Vocês podem, sim, falar com esse público de forma autêntica e levar a mensagem delas", afirmou Natália Duarte, Gerente de Projetos do Google Brasil. "E muitas vezes os resultados são melhores do que uma marca conseguiria no próprio canal".

Continua após a publicidade

Evento teve a participação dos youtubers Otávio Albuquerque, da Tastemade Brasil e do canal Rolê Gourmet, e Cauê Moura, do Desce a Letra (Foto: Divulgação)

O resultado disso é um ambiente mais fácil para um canal se aproximar de agências e marcas para oferecer projetos de parceria de conteúdo.

"Todo mundo já está acostumado com publicidade dentro dos canais", disse Otávio Albuquerque, co-criador do canal Rolê Gourmet e diretor da network Tastemade Brasil, durante o workshop. "Ninguém mais se incomoda com isso. Do posicionamento do produto, se bem feito, ninguém reclama".

Continua após a publicidade

Para o youtuber, a plataforma também chegou em um momento interessante no qual nem só os canais gigantes serão aqueles que vão conseguir fechar patrocínios com marcas, já que há uma divisão grande de canais de nicho com públicos interessados em conteúdos e produtos específicos.

"Vai sobrar para todo mundo, no bom sentido", brincou Cauê Moura, do canal Desce a Letra. "A tendência é que isso se pulverize de forma cada vez melhor e não vá grana só para os grandes canais. Cada vez mais a gente vê os canais de nicho, isso é um negócio muito real".

Mas uma vez com o conteúdo pronto em mãos, a hora é de começar o trabalho para torná-lo mais simpático para marcas e agências, visando a possíveis parceiras. Aí entram algumas dicas valiosas do Google e do YouTube.

Segundo Natália, um dos aspectos mais importantes antes de se começar a trabalhar um canal no mercado é dar segurança para a marca. Além de ser criativo na hora de criar conteúdo, a empresa indica que o youtuber tem que ser um "bom vendedor", capaz de aproximar a marca de maneira profissional. Nesse primeiro passo é importante que o youtuber trabalhe uma rede de contatos para aproximar pessoas, agências ou até assessorias de comunicação que possam colocar o canal em contato com marcas.

Continua após a publicidade

Em seguida, é importante montar uma apresentação completa sobre o canal, o chamado media-kit: além das informações óbvias sobre formato dos vídeos e tipo de conteúdo, dados sobre o público-alvo, demografia do canal, audiência e quanto tempo em média visitantes passam por lá são essenciais para que a empresa possa analisar a possibilidade de uma parceria.

Aqui também é legal colocar alguns números de destaque do canal, como os vídeos mais visualizados e/ou aqueles de melhor qualidade de produção. É importante também ser honesto e não prometer mais do que o canal tem a capacidade de entregar. "Faça uma projeção realista, para que você não precise se matar para conseguir", explica Natália.

A Gerente de Projetos também afirma que é importante que o youtuber tente se aproximar de empresas e marcas que tenham a ver com o tipo de conteúdo que está no canal, o que costuma gerar resultados mais naturais e positivos tanto para a empresa quanto para o público final dos vídeos. "Não adianta você fazer um vídeo que não vai ser autêntico, que não poderia ser um vídeo do seu canal, porque todo mundo percebe – e vão vir aqueles comentários horrorosos, do tipo 'você é vendido'", brinca.

Fechada a parceria, Natália indica que o youtuber trabalhe para promover aquele conteúdo, e não escondê-lo com vergonha no canal. "As pessoas têm que saber o que foi feito, senão não tem sentido para a marca continuar com você", afirma. Também é importante analisar o impacto daquele conteúdo no canal. A audiência cresceu? Diminuiu? A marca foi bem recebida? Tudo isso servirá para alinhar as próximas ações.

Continua após a publicidade

Antes de encerrar o encontro, a empresa antecipou algumas novidades que deverão ser introduzidas aos poucos no país para produtores de conteúdo brasileiros.

De acordo com o Gerente Técnico para a América Latina do YouTube, Daniel Araújo, entre as principais novidades, estará o suporte de conteúdo de vídeo em 60 fps para a plataforma – que hoje limita o conteúdo a 30 fps, mesmo quando originalmente filmado em 60 fps.

A demanda já está sendo feita há algum tempo por produtores de conteúdo do site, principalmente para vídeos de gameplay de jogos da nova geração, e deve ser integrada aos poucos em todos os dispositivos suportados pelo YouTube. Para quem quer dar uma olhada na diferença, já há uma playlist com três exemplos de vídeos a 60 fps no site.

Outra função que já está em testes no Brasil, mas ainda não foi lançada oficialmente, é o suporte para as legendas de fãs. O sistema permite que expectadores de canais do YouTube criem legendas para traduzir o conteúdo para outras línguas, expandindo a penetração de um canal para outras regiões através do conteúdo criado por fãs. Todo o conteúdo será revisado pelo dono do canal antes de ser colocado no ar.