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Brasil quer tirar o controle da Internet das mãos dos EUA

Por| 09 de Julho de 2013 às 15h20

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Brasil quer tirar o controle da Internet das mãos dos EUA
Brasil quer tirar o controle da Internet das mãos dos EUA

Desde 2003, um grupo de países propõe que a organização da Internet deixe de ser controlada pelos Estados Unidos. Depois do escândalo do caso de espionagem norte-americano, o Brasil, que está entre os países que desejam mudar a governança da Internet, acredita que este projeto possa ganhar mais força e apoio de outros países do globo.

Há décadas, quem cuida da coordenação global do sistema de identificadores exclusivos da Internet é uma entidade sem fins lucrativos subordinada ao Governo dos Estados Unidos. A chamada "Internet Corporation for Assigned Names and Numbers" (ICANN – Corporação para Atribuição de Nomes e Números na Internet), é responsável pela alocação do espaço de endereços de Protocolos da Internet (IP), pela atribuição de identificadores de protocolos, pela administração do sistema de domínios de primeiro nível, tanto genéricos (gTLDs) quanto com códigos de países (ccTLDs), e também pelas funções de gerenciamento do sistema de servidores raízes.

Apesar de o conselho administrador da ICANN ser formado por representantes de vários países, quem tem a palavra final sobre alterações nos servidores raízes da Internet é o Departamento de Comércio dos Estados Unidos. "Achamos que é saudável haver uma democratização no gerenciamento da Internet e isso pode ser agora objeto de uma discussão multilateral", afirmou o embaixador Tovar Nunes, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, de acordo com informações da revista Info.

Até agora, os países interessados em tirar o poder da Internet das mãos dos norte-americanos não tiveram muito sucesso em seu projeto, mas, dessa vez, o Brasil quer levar a discussão para a União Internacional de Telecomunicações (UIT). Vale ressaltar que não existe nenhum vínculo aparente entre a espionagem do governo dos Estados Unidos e o trabalho da ICANN, mas esse pode ser um fator chave para que países europeus entrem no debate sobre o tema.

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