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Brasil ignora pedido de asilo de Edward Snowden

Por| 02 de Julho de 2013 às 13h20

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Brasil ignora pedido de asilo de Edward Snowden
Brasil ignora pedido de asilo de Edward Snowden

No último domingo (30), Sarah Harrison, a assessora jurídica concedida pelo WikiLeaks para ajudar Edward Snowden, entregou a um funcionário do consulado russo pedidos de asilo e de assistência destinados a 21 países – incluindo o Brasil – em nome do delator da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA).

De acordo com o próprio WikiLeaks, os documentos descrevem os riscos de perseguição enfrentados por Snowden após suas denúncias. O jornal O Estado de S.Paulo informou que o Itamaraty confirmou o recebimento do pedido de Snowden na última segunda-feira (1) diretamente da embaixada do país em Moscou. Porém, o governo brasileiro optou por não responder ao pedido.

Poucas horas após a entrega dos documentos, o ex-funcionário da NSA retirou seu pedido de asilo à Rússia por não concordar com as exigências do presidente do país, Vladimir Putin. Ele só seria aceito pelo presidente russo caso parasse de vazar informações sobre os Estados Unidos.

França, Suíça, Venezuela e Bolívia disseram não ter recebido o pedido até o momento. Alemanha, Noruega e Polônia alegam que estão estudando a possibilidade de aceitar Snowden. Áustria, Finlândia, Espanha, Holanda, Itália e Equador dizem que ele precisa ir até a fronteira ou uma embaixada para fazer a requisição. A Índia foi o único a negar claramente o asilo. O ministro de Relações Exteriores do país diz que não existem motivos para que a Índia conceda asilo ao delator, de acordo com a Folha de S.Paulo. China, Nicarágua, Irlanda, Cuba e Islândia ainda não se pronunciaram a respeito.

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O responsável pela divulgação de documentos secretos que revelaram ao mundo o esquema de espionagem PRISM deixou Hong Kong no dia 23 de junho e seguiu para Moscou, onde permanece até agora. As autoridades russas negam as alegações de que Snowden estava no país e sob seu controle. Eles dizem que, uma vez que ele não passou pela alfândega, permanece na zona de trânsito do aeroporto, que não é considerado oficialmente como território russo.