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IoT está se tornando real, e agora?

Por| 15 de Maio de 2018 às 09h59

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IoT está se tornando real, e agora?
IoT está se tornando real, e agora?

*Por Yassuki Takano

Em outubro de 2017, a segunda edição do IoT Snapshot revelou uma evolução bastante promissora em relação ao que o mercado espera da internet das coisas (IoT) e o quanto essa tecnologia está sendo adotada pelas empresas. Para citar um exemplo, as organizações que estão investindo em IoT, em processo de adoção ou que pretendem adotar a tecnologia em 2018 já são mais de 60% dos respondentes.

Nos últimos anos, aconteceram muitos testes, protótipos, experimentações e aprendizados. Além disso, surgiram modelos de negócios diferentes, parcerias e o florescimento de um novo mercado. Mas em meio a esse ambiente de pioneirismo, observamos empresas que já começaram a se deparar com um novo conjunto de desafios: os projetos-piloto começaram a dar certo e é hora de fazer o roll-out – e agora?

Abaixo, listo quatro fatores que surgiram na pauta dessas empresas que já se convenceram dos benefícios da internet das coisas e agora querem usá-la na prática:

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Mensuração dos benefícios frente aos investimentos

As iniciativas de inovação e os projetos de IoT vinham, e ainda vêm, muitas vezes, sendo desenvolvidos com investimentos e budgets direcionados à experimentação. Esse movimento também contava com uma boa parcela de patrocínio da indústria, que queria mostrar suas soluções e se posicionar no mercado.

Quando esses projetos ganham proporções de operação real, a conta muda de dimensão. O entendimento dos benefícios se torna uma questão crítica, uma vez que os investimentos passam a concorrer com orçamentos direcionados a outras prioridades da organização.

Robustez financeira e técnico-operacional dos parceiros

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Outra mudança de patamar que acontece nesse momento diz respeito aos players envolvidos nas iniciativas de IoT. Enquanto teste, PoC ou piloto, exige-se pouca robustez dos participantes envolvidos – até porque muitas das soluções demandadas não são desenvolvidas por grandes players, mas sim por start-ups focadas em nichos muito específicos de mercado.

Quando a empresa passa dos testes para tentativas de roll-out, entram em cena necessidades como solidez financeira, volume de produção, suporte operacional às soluções e outros requisitos que são muito menos atrativos, mas que não podem falhar em uma operação real. Equilibrar as especificidades das soluções com a necessidade de robustez para um ambiente operacional é um dos desafios de quem está amadurecendo.

Maturidade das equipes quanto às novas tecnologias e processos

A identificação, desenvolvimento e retenção de profissionais capacitados e motivados sempre foi um desafio comum de qualquer gestor. Esta complexidade aumenta consideravelmente quando estamos tratando de temas que ainda não estão maduros.

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Muitas empresas contam com alguns profissionais de referência, que têm conseguido acompanhar essas inovações, mas têm dificuldade em construir equipes que possibilitem a concretização dos projetos. Contar com profissionais capacitados (e em constante aprimoramento) foi e, provavelmente, continuará sendo um tema relevante para os gestores de tecnologia.

Segurança da informação, continuidade de negócios e governança – gestão de riscos

É sabido que, com a IoT, a quantidade de dispositivos conectados se multiplica e cada um deles pode se tornar um ponto de vulnerabilidade no ambiente tecnológico das empresas. Mas mesmo que este fato seja de conhecimento geral, o tema de segurança ainda não aparece de maneira voluntária como um elemento essencial na arquitetura de IoT. Isso ficou comprovado no IoT Snapshot 2017 – quando provocados, os respondentes concordaram que esse é um tema crítico, mas foi um dos menos citados de maneira voluntária.

Além disso, com as soluções de internet das coisas, a tecnologia passa a integrar elos da cadeia que usualmente contavam com pouco suporte tecnológico. Com isso, o escopo de continuidade de negócios tende a se ampliar de maneira significativa. A cobertura da tecnologia se amplia e, proporcionalmente, a necessidade de uma gestão de riscos relacionados à segurança e à continuidade das operações.

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De qualquer forma, é bastante promissor observar que muitas empresas já estão evoluindo e colocando em prática os pilotos desenvolvidos nos últimos anos. O que eram promessas e apostas começam a se concretizar como uma realidade tangível. Mas a IoT, na prática, traz à tona novos desafios, que não são mais de experimentação, mas sim de operação, resiliência e confiabilidade. Por isso, é necessário manter o espírito jovem e a mente ainda mais aberta às novidades, mas amadurecer e ganhar robustez para se encaixar no ambiente real de operações.

*Yassuki Takano é diretor de consultoria da Logicalis