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Conexões sem fio de baixa energia são caminho para cidades mais conectadas

Por| 29 de Maio de 2017 às 14h42

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Conexões sem fio de baixa energia são caminho para cidades mais conectadas
Conexões sem fio de baixa energia são caminho para cidades mais conectadas

Especialistas em Internet das Coisas e conectividades reunidos no Smart City Business America Congress & Expo, que aconteceu na última semana em Curitiba (PR), apostam nas redes sem fio de baixa energia e banda para fomentar o futuro das cidades inteligentes. Em debate, todos concordaram que a IoT já é uma realidade, e que, por mais que existam desafios, o caminho é o de uma gestão pública mais eficiente com o uso da tecnologia.

Na conferência, o conceito de LPWAN foi apresentado por Nilton Valente, da Artimar, uma fornecedora de peças e soluções eletrônicas de São Paulo (SP). As “Low Power Wide Area Networks”, como o nome já diz, permite que uma grande área seja abrangida por redes sem fio de pouca banda e consumo energético. Isso se traduz, também, em um custo baixo de operação.

Essa é uma dinâmica que parece ideal para o mercado da Internet das Coisas, que funciona, justamente, com dispositivos de baixo consumo e que, por mais que permaneçam conectados o tempo todo, exigem poucos dados para realizarem suas operações. Alguns, por exem, requerem apenas a troca de mensagens de texto, o que contribui para o baixo consumo de banda.

Alguns sistemas desse tipo, inclusive, já estão em uso. Valente citou iniciativas de monitoramento de animais de estimação ou de serviços essenciais, como temperatura, luz e água, além do estudo do comportamento de animais pela indústria agropecuária ou sensores usados em mineração para detectarem a presença de gases nocivos, alertando os trabalhadores sobre isso.

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A aplicação disso tudo em cidades inteligentes também já está acontecendo, com locais como Glasgow, na Escócia, e Budapeste, na Hungria, estando entre as pioneiras. No Brasil, desenvolvimentos desse tipo acontecem, por exemplo, no Instituto Mauá de Tecnologia, onde sistemas de monitoramento são usados não apenas em serviços externos, mas também no cotidiano do local.

Como mostrou o reitor da instituição, José Carlos Souza Junior, enquanto a organização desenvolve sistemas de monitoramento de transformadores de energia ou armas de fogo, em parceria com empresas de segurança, também vê a manutenção interna sendo revolucionada. Os banheiros do Instituto Mauá, por exemplo, são feitos de acordo com a demanda, a partir de sensores instalados nas luzes de emergência, que também precisam de conexão contínua. Para o professor doutor, esse é um bom caminho pelo qual a IoT pode seguir rumo a cidades mais conectadas.

Os especialistas concordaram que ainda há um longo caminho até a implementação efetiva das smart cities, mas concordaram que setores como o agronegócio podem acelerar essa implementação em cidades menores. Enquanto isso, para as maiores, um bom caminho seriam as parcerias público-privadas, com empresas e universidade trabalhando ao lado dos governos para a instalação de sensores.

Também houve concordância quando o assunto é a privacidade, com os presentes afirmando que a revolução tecnológica trouxe mudanças quanto a isso. Hoje, para muitos, é normal abrir mão disso em prol de um monitoramento de saúde, por exemplo, com o uso de pulseiras que analisam sinais vitais e podem ajudar a identificar doenças.

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Fonte: Smart City Business