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TV do futuro usará IA para personalizar o conteúdo dos programas

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 10 de Março de 2022 às 16h20

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twenty20photos/Envato
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A rede de TV BBC e o Centro de Visão, Fala e Processamento de Sinais da Universidade de Surrey, na Inglaterra, trabalham no desenvolvimento de um sistema de inteligência artificial (IA) capaz de oferecer personalização de conteúdo dentro de um programa de televisão.

Não se trata de um recurso como o usado pela Netflix, que sugere a próxima atração a ser assistida com base no que o usuário viu anteriormente, mas sim a inclusão de funções que permitem controlar a duração do programa, adicionar legendas e informações extras, ou selecionar apenas as partes que interessam dentro de um noticiário, por exemplo.

“A grande diferença é que esses recursos não seriam genéricos. Os usuários poderiam ver programas reembalados de acordo com seus próprios gostos e adaptados às suas necessidades, dependendo de onde está, quais dispositivos conectou e do que está fazendo”, explica o pesquisador da Universidade de Surrey Philip Jackson.

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AI4ME

Conhecida como Inteligência Artificial para Experiências de Mídias Personalizadas, ou AI4ME, essa pareceria pretende criar e entregar conteúdo personalizado em escala, usando inteligência artificial para adaptar preferências individuais, requisitos de acessibilidade, dispositivos e localização dos usuários.

Segundo os pesquisadores, o projeto terá como foco principal o indivíduo, e não seu gênero, etnia ou cor da pele. Essa personalização de conteúdo de mídia não incluirá, por exemplo, um mecanismo de aprimoramento de diálogo que funcione melhor com vozes masculinas do que femininas.

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“Ainda não sabemos completamente que tipo de problemas nossa IA pode apresentar no domínio de conteúdos personalizados. Preocupações éticas nem sempre se tornam uma prioridade em uma empresa focada em tecnologia, a menos que regulamentações governamentais ou a mídia exijam isso”, acrescenta Jackson.

Participação popular

Para criar esse sistema de personalização da mídia, a BBC e a Universidade de Surrey estão utilizando pessoas leigas em vez de especialistas, com o objetivo de supervisionar o desenvolvimento da inteligência artificial. A ideia é criar uma espécie de “conselho de cidadãos” com representação diversificada e independente.

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As oficinas de debate extraem opiniões e facilitam a discussão com especialistas sobre determinado tema. Com isso, o conselho pode deliberar e fazer recomendações acerca da utilização aceitável de dados pessoais na personalização de mídia, independentemente de interesses corporativos ou políticos.

“Nosso objetivo é aplicar esse processo ao longo deste projeto de pesquisa de engenharia pelos próximos cinco anos. Essa abordagem é fundamental para a criação de uma programação individualizada, usando uma versão mais ética da inteligência artificial”, encerra o professor Philip Jackson.

Fonte: The Conversation